Las Rojas venceram a Inglaterra por 1 a 0, no Stadium Australia, e entram na lista de campeãs do mundo.
Espanha vence a Inglaterra e conquista o título da Copa do Mundo Feminina pela primeira vezCameron Spencer/Getty Images
Na maior Copa do Mundo de Futebol Feminino da história, a Espanha levantou sua primeira taça da competição, após vencer a Inglaterra por 1 a 0, com gol de Olga Carmona, atacante do Real Madrid.
Olga Carmona comemora o gol do título inédito da Espanha – Foto: Icon Sport
A Inglaterra chegou como favorita ao torneio, após ter vencido a Eurocopa em 2022, com 100% de aproveitamento, engatando uma sequência de 30 jogos de invencibilidade, e conquistando também a 1ª edição da Finalíssima Feminina, nos pênaltis, contra a Seleção Brasileira. No entanto, tal favoritismo não foi capaz de impedir as espanholas de se consagrarem campeãs, que perdeu apenas um jogo durante a competição, para o Japão, por 4 a 0.
Esse título acabou com a hegemonia dos Estados Unidos, maior campeã da Copa, com 4 conquistas (1991, 1999, 2015, 2019). Durante a live “FootHub em Pauta: Copa do Mundo de Futebol Feminino”, a treinadora do Real Brasília, Camilla Orlando, afirmou que o país norte americano é o mais desenvolvido na modalidade, por conta dos investimentos realizados na liga local, além do programa educacional das universidades, que oferecem bolsas de estudos para as atletas conseguirem jogar e estudar ao mesmo tempo.
A Espanha decidiu seguir pelo mesmo caminho de investimento nas categorias de base, focando na formação de jogadoras. Além do título da Copa do Mundo deste ano, o país também conquistou os torneios Sub-20 e Sub-17, mostrando os primeiros resultados do planejamento.
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Texto de Fernando Carvalho
Fora das quatro linhas essa Copa também foi inédita, com recordes de audiência, de público nos estádios de premiação e patrocinadores. Já na primeira partida da Austrália no Mundial, mais de 75 mil torcedores estiveram presentes no Accor Stadium, para assistir a vitória das donas da casa sobre a Irlanda por 1 a 0.
Ao todo, mais de 1 milhão de pessoas estiveram presentes nos dez palcos destinados à maior Copa do Mundo de Futebol Feminino de todos os tempos, durante as 64 partidas.
Em relação aos patrocínios, o número cresceu de 14, na Copa da França (2019), para 30. Adidas, Coca-Cola, Wanda Group, Hyundai/Kia e Qatar Airways pertencem à categoria Fifa Partners. Já Visa e Xero são Women ‘s Football Partners. Booking, Budweiser, Cisco, Globant, McDonald’s, Mengniu, Team Global Express, Panini e Rexona são patrocinadores, e Itaú, BMO, CMG, Claro, CommBank, EstrelaBet, Frito-Lay, Geico, Hublot, Inter Rapidíssimo, Optus, Jacob´s Creek, TAB e Yadea são apoiadores.
Outra marca importante é o aumento de 300% da premiação em relação a 2019. A FIFA destinou cerca de 152 milhões de dólares (770,6 milhões de reais), para o Mundial, sendo 110 milhões destinados para premiações à medida que as seleções vão passando de fase e para as jogadoras. Os 42 milhões que restam são divididos em custos operacionais e para ajudar a preparação das equipes, além de destinar 11,3 milhões para os clubes que cederam jogadoras.
Segundo o Presidente da FIFA, Gianni Infantino, o objetivo da entidade é que em 2027 a premiação das Copas Masculina e Feminina seja a mesma.
O Brasil é um dos candidatos a sediar a Copa do Mundo de 2027, que promete ser maior que a de 2023. Para Isabelle Suarez, comentarista do Mundial na Cazé TV, a Copa da Oceania foi a maior da história, até chegar a de 2027, que será maior ainda, porque o Futebol Feminino não para de melhorar e crescer.
Durante a Copa, o FootHub preparou uma série de lives com profissionais referência no Futebol Feminino, como Camilla Orlando, treinadora do Real Brasília, Tatiele Silveira, treinadora do Colo-Colo, Rafaela Esteves, Coordenadora das categorias de base feminina da Ferroviária, e Isabelle Suarez, comentarista da Cazé TV, que debateram muito sobre as seleções, e o Futebol Feminino.
Texto de Willian Sanmartin
