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Os processos de captação nas categorias de base

Correm os anos, passa o tempo e cada vez mais confirma-se minha antiga tese de que as categorias de base dos clubes brasileiros são a grande saída de todos para, a um só tempo, subsidiar tecnicamente a equipe principal e gerar recursos para as entidades enfrentarem competitivamente  seus concorrentes na indústria do futebol. Serei eternamente incentivador das “canteiras”-( como dizem os portenhos)- dos clubes como meio de formar e vender atletas.

Nos próximos meses, iniciaremos no FootHub a criação de conteúdos e cursos com maior foco sobre categorias de base, contemplando captação/prospecção, iniciação, metodologias adequadas às várias idades, ideia uniforme de sistemas de jogo e treinamento, escola de goleiros, Método para aprimorar e aperfeiçoar meninos com menor rendimento do que potencial, transição, utilização de jovens nas equipes principais, processo de estruturação de Equipe B, ou Sub 23.

Visando trazer aos leitores e alunos da nossa escola, sucintos subsídios sobre o tema a ser enfocado nos conteúdos, produziremos 3 textos nas próximas semanas, abordando cada fase da preparação desde seu início, familiarizando a todos com os importantes tópicos que serão tratados no curso, sempre valorizando o trabalho desempenhado pelos profissionais da base das entidades de prática desportiva.


coordenador metodológico

O universo das categorias de base no Brasil é enorme.

Conhecer os conceitos, metodologias, estruturas e profissionais que atuam neste mercado é uma oportunidade única, que buscamos oferecer no curso sobre categorias de base, que irá reunir referências da área no futebol com objetivo de desenvolver este mercado.

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Iniciamos pela Captação/Prospecção, salientando que toda a forma lícita de buscar atletas para integrar a base dos clubes é válida, a iniciar pelas escolinhas recreação, que normalmente são procuradas pelos filhos de associados ou torcedores, simpatizantes da agremiação, que desejam aprender futebol, conviver com ambiente de jogo, passar  pela preparação própria, criando rotina, comprometimento e convivência social com outras crianças. Nessas escolinhas os jovens que apresentarem aptidão competitiva são selecionados e transferidos para os treinamentos de competição, onde os testes são bem mais duros, com grau de dificuldade muito elevado, as exigências físicas são bem mais desgastantes e rigorosas. 

Sendo aprovado nesse primeiro período de testes onde se avaliam as condições técnicas, força, velocidade, discernimento do atleta consolidada sua posição na equipe de competição e passa fazer parte do grupo de trabalho de acordo com sua idade, integrando o calendário de sua categoria, passando a receber ajuda de custo, mais adiante firma contrato de formação. A seu turno o menino da mesma idade que não chama atenção por seu lado competitivo, segue da escolinha até 15 anos -( varia de clube a clube)-, convivendo socialmente e disputando competições internas voltadas para lazer e entretenimento, contribuindo com sua mensalidade pagando as taxas da escola, mantendo sempre sua identificação com o clube.

Além disso, a captação se faz através de indicações de várias pessoas, tais como torcedores, conselheiros, empresários que já detém meninos no clube, conhecidos, pais de outros atletas, professores de colégios, desde que o jovem apresente condições, destaque, aptidão, visível diferença de qualidade competitiva no ambiente em que frequenta. Pela recomendação, o futuro atleta, precedido de elogios e portador de predicados, se apresenta já na seleção de sua idade e ali é avaliado de acordo com as exigências do ambiente, levando em conta as condições de que é portador.

Muitos clubes detêm departamentos de pesquisa e busca de jovens jogadores, com olheiros que no meu tempo de dirigente chamávamos de garimpeiros, que viajam por variadas regiões do país, observando jogos, campeonatos, certames, enfrentamentos, sempre observando os jovens com potencial e que podem servir para engrossar as fileiras dos grandes clubes, após período de avaliação, aprimoramento e seleção definitiva.

Observação de campeonatos de jovens, ocorrentes em todo o território nacional e em países da América do Sul, sempre constituiu fértil terreno para seleção e escolha de atletas noviços, observação já feita na agrura da competição, no confronto, no contato físico, no rigor dos embates travados durante os jogos. Nesse caso, a avaliação detalhada, considerando o grau de dificuldade do ambiente, a condição dos demais participantes, o nível de competição enfrentado pelo elemento focalizado, é essencial para o êxito da seleção.

Outro momento sempre importante para avaliar e selecionar novos atletas surge dos confrontos com os variados adversários enfrentados na temporada, muitos com menor poder econômico, dando margem portanto a uma abordagem de suas estrelas, até como forma de estabelecer um novo negócio, uma parceria, utilização conjunta do atleta, troca por outros meninos do clube que acessa o novo jogador.

Nota-se então, ser muito ampla e variada a forma de captação possível fazer pelos grandes clubes brasileiros, merecendo ênfase que qualquer que seja a fórmula, deve ela ser programada, sistematizada, colocada em um roteiro para ser repetida como rotina, para que possa ser avaliada periodicamente sobre sua validade ou não.

O segundo tema a ser abordado nesse primeiro texto, diz respeito a metodologia de iniciação dos atletas que começam seu período de aprendizagem e o que deve ele versar. Em tempo recente, a iniciação ocorre sempre nos moldes do futebol de campo, com os jovens desde tenra idade já acostumados a tarefas táticas e obrigações competitivas, sistema que acabava robotizando demasiadamente aos atletas retirando deles iniciativa e criatividade, bem como limita o contato com a bola.

Nos últimos tempos, em especial no Santos, Fluminense, Athletico Paranaense e em outros grandes clubes com menor ênfase, dos 10 aos 13 anos, os jovens passaram a treinar a iniciação no Futsal em parte do período, como forma de consolidar conceitos de tomada de decisão em pequeno espaço, mudança de direção na condução da bola e nos deslocamentos, ir e vir constante no acompanhar o adversário e contra atacar na retomada de bola, troca permanente de função em ambos os lados do campo, propiciando rápida tomada de decisão, aumento da visão periférica e permanente intensidade de movimentos.

No restante dos horários, o treinamento é realizado em campo grande, muita vezes de terra, para aprimorar o domínio, onde o atleta fica o máximo de tempo possível em contato com a bola, tentando confrontos 1 contra 1, tentando suplantar marcação, trazendo o sentido lúdico do futebol ao jogá-lo na sua plenitude, sem obrigação tática e sem obediência a sistemas pré-elaborados.

Com isso, busca-se um atleta destemido, com coragem para a jogada individual, que tenta  o drible e a superação do adversário sem receio de perder a bola e ser chamado atenção pelo treinador.

Esses conceitos estão em nosso radar, fazendo parte do nosso curso de Categorias de Base do FootHub que brevemente iniciaremos, e onde poderemos debater e discutir a validade dos métodos e da metodologia que apregoamos por aqui.

Até a próxima semana quando abordaremos o tema Metodologia a partir dos 14 anos, bem como explicaremos o conteúdo e os conceitos da nossa disciplina aprimorar/aperfeiçoar atletas com rendimento inferior ao potencial apresentado. Boa leitura!

Texto de Fernando Carvalho.

Quer saber tudo sobre categorias de base? O FootHub abriu a turma 2 do curso Olhos para Base. Para saber mais, clique aqui!

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