A última temporada que a Premier League viu um vencedor diferente de Liverpool ou Manchester City foi em 16/17. À época, Jürgen Klopp e Pep Guardiola faziam suas primeiras temporadas completas à frente das respectivas equipes.
Dois dos melhores treinadores do mundo partiram dali (na verdade já de um pouco antes) para embates históricos e partidas que fazem até os maiores haters se empolgarem. Seja em partidas de copa ou duelos na liga, “City x Reds” virou certeza de acompanhar uma excepcional partida de futebol.
Mas quero aproveitar o merecido “hype” destes que brigaram ponto a ponto por mais uma Premier League para refletirmos sobre outra coisa: o certo e errado no futebol. No vídeo acima, retirado do documentário da Amazon denominado “All Or Nothing: Manchester City”, Pep se mostra preocupado com o trio de ataque dos Reds, o qual enfrentará nas quartas de final da Champions de 2018, recebendo de seus assistentes, Domenec e Planchart, pensamentos conflitantes.
Apesar de ambos os assistentes da comissão técnica acharem que é possível vencer, um acredita que o City deve impor seu jogo e o outro indica que o Liverpool sente mais dificuldades quando enfrenta uma equipe mais retraída.
E então? Qual caminho seguir? Hoje, sabendo que o City foi ao ataque, tomou 3 gols em 30 minutos e perdeu de 3×0, talvez pareça óbvio qual seria o certo a se fazer.
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No fim, o resultado dita o que é certo e errado no futebol, desde que possamos também refletir sobre os contextos e compreender que as tomadas de decisões são de fato difíceis. Ora, se o seu time faz 2×0, o correto seria retrair as linhas e jogar em bloco baixo para garantir o resultado ou continuar atacando com o intuito de marcar mais gols e matar o jogo? Se um “bom jogador” está fazendo um jogo ruim e um “jogador ruim” está fazendo um jogo bom, quem deve sair? Ou mesmo qual deve ser escolhido para cobrar o pênalti que pode desempatar a partida?
Não podemos insistir em tentar simplificar algo que não é simples e, para isso, devemos tentar compreender o acaso e seu papel nas nossas vidas e consequentemente no futebol.
Mas isso vou deixar para outro momento, quem sabe…
Texto de Yuri Silva, do Los Futebólicos.