Recentemente, em uma das falas na coletiva de apresentação do novo treinador do Internacional, Roger Machado, me chamou a atenção: “O torcedor é apaixonado pelo seu time e compreende o jogo; eu sou apaixonado pelo jogo e compreendo o torcedor”. Essa frase envolve uma análise fora das quatro linhas, que muitas vezes não se vê nas mesas redondas de discussão sobre o esporte. Precisamos ser a Razão em meio à Emoção.
O esporte, um negócio pulsante que envolve a paixão de seu consumidor principal — o torcedor —, é repleto de histórias de dedicação extrema. Não é raro encontrarmos casos de torcedores que abdicam de trabalhos e investem recursos significativos para acompanhar o esporte do coração.
Os gestores esportivos têm a responsabilidade emocional de cuidar desse torcedor fervoroso, compreendendo seu papel vital na indústria esportiva. Entretanto, é essencial que as decisões sejam tomadas com base na razão e não na emoção. O equilíbrio entre empatia e racionalidade é fundamental para assegurar a sustentabilidade do esporte como um negócio.
Sempre ouvimos casos de torcedores que vende carro, criam dividas para seguir seu esporte do coração. Histórias como essa, embora comoventes, evidenciam a necessidade de profissionais de gestão esportiva que ajam com racionalidade. A razão na gestão esportiva não significa desconsiderar o torcedor, mas sim protegê-lo de suas próprias paixões exacerbadas. As decisões devem ser tomadas com base em análises cuidadosas, planejamentos estratégicos e uma visão clara de longo prazo. Profissionais bem preparados e conscientes da complexidade do setor são capazes de criar um ambiente onde a paixão do torcedor é valorizada.
A verdadeira competência na gestão esportiva reside em equilibrar a paixão dos torcedores com decisões profissionais sensatas. Um gestor que se deixa levar pela emoção pode comprometer não apenas a viabilidade financeira do clube ou entidade esportiva. Por isso, é vital termos profissionais de gestão esportiva que, embora possam compartilhar da paixão pelo esporte, mantenham uma postura profissional e racional em suas decisões.
Portanto, o futuro da gestão esportiva depende de profissionais que compreendam a paixão dos torcedores, mas que saibam agir com a razão. Profissionais que, ao invés de se deixarem levar pela emoção, utilizam essa paixão como combustível para tomar decisões responsáveis e sustentáveis, garantindo que o esporte continue a ser uma fonte de alegria e inspiração para a cadeia esportiva.
Texto de Gabriel Klein
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