Enquanto para torcedores envolve paixão, gestores, como executivos, tratam o futebol como negócio. A indústria esportiva representa um dos maiores mercados de entretenimento do mundo, movimentando bilhões de dólares anualmente. Como todo negócio, o esporte demanda gestão, estratégias e objetivos, através da contratação de profissionais capacitados, que não coloquem a emoção na ponta da caneta na tomada de decisões. É neste cenário que surge o executivo de futebol, uma função fundamental em todos os clubes.
No Brasil, os clubes de futebol ainda buscam a profissionalização, através de cargos executivos, processos administrativos e perspectivas de gestão. Entretanto, as figuras políticas possuem grande espaço nas entidades do país. Neste contexto, a mudança deve iniciar dentro dos clubes, construindo uma estrutura composta por gestores aptos para planejar, organizar, dirigir e controlar, desde o departamento de futebol, até jurídico, financeiro, marketing, recursos humanos e demais setores.
Executivo de Futebol
No coração do clube, está o executivo de futebol. Seu objetivo principal é proporcionar o funcionamento do departamento de futebol de base e profissional. Além disso, este profissional deve representar o clube junto a entidades esportivas com federações estaduais e nacionais. Por exercer este cargo, acaba por supervisionar o gerente de futebol e demais funções relacionadas diretamente ao campo.
Por tanto, suas competências devem estar acima do entendimento de performance dos atletas e suas equipes, através do conhecimento técnico e expertise em diferentes áreas. A exemplo disto, o executivo de futebol necessita de compreensão financeira, para aprovar relatórios de custos e orçamentos; e familiaridade com direito esportivo e trabalhista, para elaborar política de salários, celebração, rescisão de contratos e direito de imagem. Ademais, é relevante que o executivo tenha competências referentes a recursos humanos, para motivar sua equipe e implementar programas de produtividade e premiações.
Além do conhecimento técnico, é essencial que o executivo de futebol tenha habilidades interpessoais, ou seja, um conjunto de capacidades para se relacionar com outras pessoas: comunicação, negociação, empatia, respeito, ética e outras características que fortaleçam conexões e estabeleçam relacionamento mais sólidos com demais gestores, treinadores, comissão técnica, atletas, agentes e investidores.
O papel do executivo de futebol está muito além da habilidade de negociação para representar o clube, diante dos interesses referentes aos calendários de competições, e de mediação de acordos comerciais com os agentes de futebol. Sua função está na consistência entre discurso e prática, que inspire confiança e transparência nas relações. Seu ofício está na tomada de decisões racionais, deixando a emoção para as comemorações nas vitórias e campanhas de marketing. É fundamental que o executivo de futebol entenda de gestão de negócios e gestão de pessoas. Além de gestor, é essencial que tenha valores de um verdadeiro líder. Seu cargo precisa ser estratégico, não “político”.
Texto de Mônica Gomes.
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