público feminino no esporte
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O mercado feminino no futebol

Não é de hoje que as mulheres vêm crescendo no mercado do futebol, seja ele no âmbito profissional, seja no âmbito torcedor. Foi-se o tempo em que a mulher era apenas uma coadjuvante, meramente uma acompanhante de outra pessoa. Em vista disso, um comparativo com outro esporte, o futebol americano, a NFL considera que 45% dos seus fãs sejam do segmento feminino. Para ressaltar a importância e o crescimento da mulher no mercado consumidor, estudos comprovam que em apenas 3% dos lares são os homens que tomam a decisão de compra.

Desse modo, as mulheres estão ocupando cargos de gestão dos clubes, participando com propriedade em programas esportivos, e frequentando estádios. Além de existir as torcidas organizadas femininas há algum tempo. Em 2019, a Netshoes divulgou que a compra de camisetas femininas dos clubes brasileiros cresceu 55% na comparação com o ano anterior, tendo como destaque à dupla grenal que está entre as 10 mais vendidas (o Internacional em 5º e o Grêmio em 10º). Anterior a isso, a dupla também modificou a carteirinha de sócio para o sexo feminino colocado alcunha de “sócia”.

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Ouso dizer, também, que esse crescimento do público feminino será um catalisador no crescimento do futebol feminino no país. Alguns clubes europeus disponibilizam “cotas” aos parceiros que possuem como target, o público feminino; tendo como exemplo a Avon como patrocinadora máster do time feminino do Liverpool. Em outras palavras, elas se tornaram consumidoras ativas da indústria do esporte. Mas o que os clubes estão fazendo para cativar ou fidelizar esse público?

Infelizmente, esse processo é lento, ainda temos uma cultura ultrapassada e machista que faz com que os estádios sejam um ambiente hostil para o público feminino. Mas considero um futuro positivo, cada vez mais as mulheres estão se tornando participantes ativos nessa indústria gigantesca. Porém, o caminho deve ser construído junto aos clubes, estes que devem ser os principais incentivadores desse público em suas “casas”.

Junto com os departamentos de marketing criando ações e ativações para que as mulheres se sintam mais confortáveis e seguras nos estádios para torcer, para cantar e, principalmente, para consumir os produtos e serviços do clube. Dessa forma, com uma maior presença feminina nos estádios, os clubes podem viabilizar novas oportunidades de negócio e construindo novas parcerias estratégicas que abracem essa causa, convertendo o preconceito em um diferencial de mercado.

Texto de Gabriel Klein.

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