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Precisamos mudar a mentalidade na formação do futebol brasileiro

O Futebol Brasileiro passa por um momento de “seca” quando o assunto é a conquista de títulos importantes. Atualmente somos o sexto colocado nas Eliminatórias da América do Sul para a Copa do Mundo. Na última Copa América fomos eliminados nas Quartas de Final. Temos dificuldades em confrontos com seleções que num passado não muito distante venceríamos facilmente.

A impressão é que não há respeito pela camiseta mais pesada do mundo. Várias são as teorias para esse período “sombrio” da nossa seleção, mas acredito que a questão central é: Mentalidade do jogador brasileiro. Vou explicar a minha teoria

Como bem sabemos, o mundo do futebol é, na maioria das vezes, a única oportunidade para um imenso número de meninos que sonham com condições melhores de vida para si e para sua família. O futebol é apresentado como a tábua de salvação num país onde a educação é negligenciada pelas autoridades
políticas. Inclusive, houve uma inversão no caminho que supostamente levaria ao sucesso.

Na geração passada, os pais estimulavam os filhos para que estudassem, ao passo que o futebol era visto como uma possibilidade muito improvável de sucesso. Atualmente, com as mudanças no mercado do futebol e as altas cifras que envolvem as negociações de jogadores, os pais optam por apostar todas as fichas na carreira futebolística dos filhos.

Acontece que um fator primordial é deixado de lado nesse longo e árduo caminho pela busca do sucesso no meio do futebol, qual seja: a formação da mentalidade competitiva do jogador brasileiro.

Vejamos. A equação na formação do jogador brasileiro gravita basicamente nas seguintes valências: técnica, capacidade física e obediência tática. Todavia, estranhamente, a formação de uma mentalidade competitiva no atleta é pouco abordada.

Já as transações das jovens promessas são tidas como fonte de arrecadação principal dos clubes brasileiros (não que a prática esteja errada, mas a formação de atletas não pode se limitar ao lucro). Ocorre que a saída cada vez mais precoce dos talentos brasileiros ao exterior é um reflexo da nossa “incapacidade” em moldar uma mentalidade competitiva do jogador brasileiro. Os clubes
europeus, principalmente, levam nossa matéria prima, ainda não lapidada, para que se adapte ao alto nível de competitividade exigido no Velho Continente.

Um reflexo da saída precoce dos nossos talentos, por exemplo, é a convocação de jogadores para a Seleção Brasileira que são desconhecidos no país. Muitas vezes a impressão que se passa é de falta de pertencimento do jogador à seleção nacional.

Não vejo a atual geração de jogadores brasileiros com irresignação pela derrota. A Seleção Brasileira não é vista como um patrimônio esportivo máximo do país, pelo contrário, é tratada como um meio de projeção do atleta para alcançar futuros contratos milionários no exterior. Tornou-se comum, infelizmente, servir ao país trajando a amarelinha (por vezes parece até um incômodo, uma vez que
surgem interesses conflitantes com o clube que libera o atleta).

Precisamos, urgentemente, de jogadores que vistam a camiseta da Seleção Brasileira com o desejo de fazer história. Na equação que resulta em um grande jogador está faltando um fator importantíssimo que é a mentalidade competitiva.

O futebol pode trazer sim, uma condição de vida melhor, isto é inegável, mas o nosso DNA vencedor sempre foi forjado em jogadores que acima do sucesso, fama e dinheiro, tinham um desejo insaciável de fazer história com a camiseta da Seleção Brasileira.

O Brasil sempre foi reconhecido como o país do futebol. Nenhuma camiseta no mundo tem cinco estrelas como a nossa. Precisamos olhar para trás e recomeçar. Mas para isso precisamos de jogadores com sangue nos olhos e que queiram competir.

Texto de Rafael Vargas

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