Reprodução: Cognatis
Estamos passando, já há algum tempo, por uma verdadeira revolução dos números no futebol. E isso é ótimo! Os clubes estão buscando utilizar, cada vez mais, dados e estatísticas para nortear as suas decisões no dia a dia, otimizando processos e profissionalizando setores.
Conceitos como Big Data e Machine learning tornaram-se cotidianos nas estruturas internas de clubes de futebol, onde alguns clubes contam com um departamento próprio de coleta, armazenamento e análise de dados, tendo profissionais de áreas como a ciência de dados e a estatística entre seus funcionários.
Os números na prática
A utilização dos dados obtidos impacta diretamente as mais diversas áreas dos clubes. Desde as categorias de base, orientando os processos de captação e formação de jogadores; passando pelos processos de contratação, renovação ou venda de jogadores da equipe principal; os cronogramas de treinos individuais e coletivos; a estratégia para um jogo específico; o treinamento de bolas paradas; e chegando a setores como departamento comercial, de marketing, administrativo, etc.
Porém, para que os dados se tornem fundamentais no funcionamento dos clubes, não basta apenas tê-los, é preciso compreender e saber o que fazer com a informação que o dado fornece. De nada adianta um clube ter um enorme banco de dados se não souber a forma correta de utilizar aquelas informações. Ou seja, é preciso entender que a frieza dos dados, por si só, não passa de números, e a grande chave para o sucesso é analisar, compreender e valer-se desses dados de forma benéfica e estratégica.
Por fim, gostaria de levantar alguns questionamentos que julgo serem pertinentes para o debate e para serem retomados em futuros textos (entendendo que merecem uma atenção maior e um espaço próprio):
1) até que ponto os dados podem e devem definir um atleta?
2) até que ponto os dados impactam uma partida de futebol?
3) como filtrar a qualidade dos dados em maio a uma quantidade cada vez maior?
Texto de Agildo Medeiros Neto
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