destaque da copa do mundo
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Surgem os favoritos na Copa no Catar

Terminadas as duas primeiras rodadas da fase inaugural a Copa do Catar conta com três seleções já classificadas, -(Brasil, Portugal e França)- com surpresas negativas, -(Alemanha, Uruguai, Argentina e Bélgica)- surpresas positivas -( Gana, Japão, Arábia Saudita, Marrocos)- que chegaram apenas para cumprir tabela, porém conquistaram vitórias contra adversários mais renomados e também seleções insossas e inodoras como Inglaterra, Croácia e Dinamarca, antes tidas como postulantes ao pódio, mas de atuações até aqui discretas.

Destaque positivo igualmente para Seleção Espanhola, que chegou sem alarde e sem expectativa, pois trata-se de elenco jovem, ainda em fase de construção, parecendo programada para o futuro, mas que na verdade fez ótimos jogos, mesmo contra os experientes alemães e,  somando 4 pontos em 2 jogos, provavelmente garantirá sua classificação para a próxima fase.

O escrete canarinho, treinado por Adenor Bacchi, eficiente mas sem empolgar, venceu as 2 primeiras partidas, jogando pragmaticamente, contra adversários inferiores aos quais dominou na maior parte do tempo, tendo posse de bola, paciência e robustez defensiva para superá-los.

Tal como sucedeu em 1962 no Chile, quando perdeu Pelé, vitimado por grave lesão, após a estreia contra o México, vencido por 2 x 0 com 1 gol do Rei, que na sequência, acabou substituído exitosamente por Amarildo – (meia atacante do Botafogo, com carreira marcante no Milan Italiano a partir daí)-, o qual transformou-se em destaque naquele bicampeonato, a Seleção Brasileira perdeu Neymar, seu melhor jogador na atualidade, também após o primeiro confronto contra Sérvia.

A classificação neste certame, chegou já na 2 rodada, contra a Suíça, com soberba atuação do trio de contenção Marquinhos, Thiago Silva e Casemiro que, além de ótimo marcador acabou anotando o gol da vitória, fazendo as vezes de ponta de lança, aliás, como acontecera na Copa de 1970, no México, quando o volante Clodoaldo, que marcou o gol de empate contra o Uruguai, na semifinal abrindo caminho para vitória e para o confronto final contra a Itália. 

Ao lado desse trio de exceção, vem luzindo Vini Júnior, com grandes atuações individuais, sempre levando perigo aos adversários nas suas ações ofensivas com decisiva participação nos 3 gols até aqui anotados pelo Brasil na Copa. Por outro lado, coletivamente, trata-se de atleta competitivo, com compreensão tática, que faz as tarefas de contenção pelo corredor esquerdo do esquadrão brasileiro com sabedoria de veterano e vigor da juventude. Além dele, menção honrosa para Richarlison, principalmente na estreia, artilheiro em 2 oportunidades..

A substituição do craque Neymar por Rodrygo -(menino também forjado nas canteiras da Vila Belmiro)- ocorrida na segunda etapa do jogo contra a Suíça, mostrou-se mais  adequada que a opção inicial com Fred, tendo o jovem futebolista do Real Madrid, crescido ao longo partida, culminando pela assistência ao grande tento de Casimiro. A demora no retorno de Neymar -(cuja volta  seria ótima  para o time)- talvez permita o surgimento de um novo Amarildo na história do nosso futebol.

Identifico  na Seleção Brasileira, a primeira equipe credenciada a conquistar o título principalmente por sua maturidade e pela visível ascendência do treinador Tite sobre o grupo de atletas.

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A Seleção portuguesa, que acorreu a essa Copa precedida de expectativa positiva, taxada como uma das favoritas, por apresentar grupo de jogadores de muita qualidade, tendo o extra classe Cristiano Ronaldo a frequentá-la, confirmou os presságios e apresentou até aqui bom futebol, com dois atletas em ótimas condições, os quais se mantiverem o nível das atuações nos 2 primeiros jogos, serão destaques da competição. Bruno Fernandes (Manchester United), volante que joga de área a área e Bernardo Silva (Manchester City), meia, canhoto, habilidoso, intenso, muito competitivo que cadencia e acelera o jogo de acordo com as  conveniências  do seu time.

É bem verdade que os lusitanos não protagonizaram atuação uniforme ao longo dos 90 minutos dos 2 jogos, apresentando falhas defensivas inconcebíveis para o competitivo futebol português no jogo contra Gana, logo corrigidas contra o Uruguai, ao mesmo tempo em que tanto contra os africanos como contra os sul americanos, apresentaram ótimas e harmônicas ações ofensivas. Isso que CR7, ainda não brilhou como de costume.

Abaixo do Brasil, identifico Portugal como candidato ao título.

Arremato minha análise focalizando a também classificada França, de futebol vistoso e eficaz, com alguns pecados defensivos, porém alternando momentos de proposição e reação de forma muito competente. Consegue ter retenção de bola para aproveitar o melhor momento de ser contundente, pressionando alto a posse de bola do adversário, da mesma forma em que recua, concede domínio ao rival, para retomar as ações e contra atacar velozmente.

Para tanto, conta com atletas de qualidade diferenciada como Rabiot, Griezmann, Dembele e Mbappe, esse com extraordinária potência e velocidade, além de hábil e contundente, até aqui o melhor jogador da competição. Mesmo sem 3 atletas de exceção como Kante, Pogba e Benzema, os gauleses apresentam um time harmônico, competitivo, intenso e cirúrgico nas ações ofensivas.

Acima de todas as demais seleções, vislumbro na Seleção da Marselhesa a principal candidata ao título.

Essas considerações, bom enfatizar, representam o recorte do momento, focalizam as atuações até aqui desenvolvidas, contudo não estão imunes a críticas, até porque, ao analisar-se os mundiais do passado, muitas vezes começaram com seleções claudicando, para, ao depois, ajustaram-se no curso da competição e desbancaram escretes que apontavam melhores desempenhos. Foi assim com Alemanha em 1954 e 1990, com Itália em 1982 e 2006, com Argentina e 1986, com a própria França em 2018, para citar alguns casos de reversão de expectativa.

Quem poderá afirmar que a jovem Espanha, projetada para daqui 4 anos não poderá luzir já neste certame, -(?)-ou a Argentina com sua garra e poder de indignação inatos,-(?)- ou a pragmática Alemanha sempre pronta a desmentir teses e previsões com seu futebol metódico e calculista.-(?)

São indagações que deixo aos leitores, ainda na pendência dos classificados para as oitavas de final.

Texto de Fernando Carvalho.

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