cultura de inovação
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Inovação no futebol, uma questão de cultura

Inovação talvez tenha sido uma das palavras mais buscadas por executivos e diretores de todas as áreas, nos últimos anos. A pandemia só veio acelerar esse processo, e trazer à tona a questão: quem não inovar hoje, estará fadado ao fracasso. Isso é fato! Porém, será que temos o real entendimento sobre inovação, principalmente no mercado do futebol?

Quando falo de inovação, o que vem a sua mente? Novas tecnologias? Streaming, chatbot, realidade virtual? Metodologias ágeis, post-its, digitalização? Sim, isso tudo faz parte de ferramentas e processos de inovação. Ferramentas!

A cultura da inovação

Atuo no futebol há pelo menos 7 anos, e além de ter sido atleta, já passei por vários caminhos até chegar à assessoria em inovação e transformação digital – trabalho que desenvolvo especificamente há 2 anos. Seja em empresas ou em clubes de futebol, o meu entendimento -e experiência – é de que o principal fator que realmente gera a inovação é a cultura organizacional, a cultura interna. E sabemos, este é um dos fatores mais complicados de transformação – e não só no mundo futebol!

Tirar as pessoas da sua zona de conforto, alterar processos de trabalho que já vêm sendo realizados há anos, dissolver os “feudos” e suas falas conhecidas de “sempre foi assim” ou “não tem como mudar”, é o trabalho mais desafiador quando se fala em inovação.

Desafiador, não impossível!


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Contudo, a possibilidade da transformação de mindset de colaboradores e todos stakeholders, só irá acontecer se partir “de cima”, da alta diretoria, os ditos C-levels. Aí sim, com o aval destes executivos, será possível implementar ações e ferramentas para que então a inovação aconteça, começando pela mudança de cultura interna.

Como? Implementando um ambiente que primeiro favoreça e estimule novos projetos e novas ideias, onde todos possam participar e se sentir parte deste processo de inovação. Principalmente, estimular a conversa entre setores, entre o ecossistema, a descentralização de dados, o compartilhamento de ideias, etc.

Porque inovar é muito mais que estar no tiktok, ter chatbot, ou até um programa de realidade aumentada. Inovar é melhorar processos, encurtar caminhos, otimizar tempo de execução de tarefas, com novos olhares para o que já é feito, contando ou não com novas tecnologias. Até porque, em muitas realidades do futebol, a tecnologia – em seu grau mais inovador, não está tão acessível assim, a não ser por possíveis interações com o ecossistema de sportechs, o que vale um outro artigo.

É preciso entender que inovação diz respeito mais sobre cultura do que sobre tecnologia. É sobre mudança de mindset, de  posicionamento, de quebra de paradigmas. Entender que o digital é o complemento, que já há muito tempo, chegou para ajudar a construir uma nova realidade, agora mais evidente e latente, que beneficiará a todos envolvidos: clubes, torcedores, sócios, patrocinadores, etc.

O fato é que muitos esquecem que antes de inovar é preciso entender contextos, cenários e principalmente, a cultura de onde se quer aplicar alguma inovação. E no futebol, esse entendimento precisa ser levado ainda mais a sério.

Texto de Débora Saldanha.

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