Na terça-feira, 19/01, o GSIC, centro de inovação no esporte localizado em Madrid, lançou o relatório ‘A nova geração do relacionamento com o fã‘, em uma transmissão ao vivo que contou com a participação de profissionais da indústria do esporte de diferentes locais e modalidades. Separamos algumas tendências debatidas no eventos para expor aqui no site do FootHub, complementando o texto que fizemos sobre a importância de se relacionar com o torcedor.
Monetizar o fã
Para começar, é preciso entender que as estratégias de relacionamento com os torcedores servem, na visão dos clubes, para que haja um retorno monetário a partir do fã. No entanto, é preciso lembrar que a monetização é apenas o passo final da construção de uma relação com estes torcedores. Existem diversas etapas dentro dessa relação, como entrega de conteúdo e a análise do comportamento do público-alvo, que precisam ser feitas da maneira correta para que o objetivo final, a monetização, seja alcançado.
Criando relacionamento
Os profissionais que participaram do evento destacaram dois pontos que estão mudando significativamente quando o assunto é a busca por engajamento dos torcedores nos últimos anos: espaço e tempo.
Na questão do espaço, estamos falando de gerações conectadas com o mundo todo. No passado, o contato que existia era apenas com os clubes locais, sendo mais fácil conquistar o apoio daquela pessoa que estava fisicamente próxima ao clube. Agora, essa proximidade passou a ser digital, e o Barcelona está tão perto quanto qualquer time brasileiro para um jovem de 10 anos. É preciso que os clubes entendam isso e trabalhem seus fãs em todos os territórios, pensando em produtos que façam sentido para cada tipo de público.
Quanto ao tempo, o documento fala sobre a velocidade do consumo que as próximas gerações apresentam. O desejo deste público é voltado para produtos rápidos, que possam entreter em poucos segundos. Um exemplo disso é o TikTok, rede social de vídeos curtos que vem fazendo muito sucesso no mundo todo. Conteúdos mais longos continuam tendo seu espaço, mas são consumidos em momentos específicos e não podem perder o dinamismo, ou verão sua audiência sumir. Isso vale inclusive para partidas de futebol. Se os 90 minutos forem chatos, as próximas gerações irão buscar novas formas de se divertir.
Com estes pontos esclarecidos, o evento destacou a maneira correta de iniciar uma estratégia de engajamento com o fã. Este processo pode começar pequeno, atingindo um grupo específico de torcedores. No momento em que a própria estratégia, bem como as ferramentas utilizadas para aplicá-la, for ganhando valor, o público a ser atingido cresce, até que toda a torcida do clube esteja envolvida.
Falando em ferramentas, é preciso aproveitar as novas tecnologias para entregar uma experiência diferenciada em alguns momentos. No documento compartilhado, o exemplo dado é a partida em si, ápice do engajamento dos torcedores. No entanto, é preciso perceber que 90% dos torcedores não estarão no estádio, pensando em iniciativas para todos os públicos. durante o jogo. Algumas das possibilidades são estatísticas, formas de conversar com seus amigos durante o jogo e visão 360° da partida, algo que já vimos em ligas como a espanhola.
Texto de Equipe FootHub.