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Executivo de Futebol, a história da profissão

30 de março de 2021. A função de executivo de futebol ganha mais um curso de formação, promovido pelo FootHub em parceria com Fernando Carvalho. No entanto, até chegar neste ponto, a função de executivo passou por algumas fases, com diversos personagens fazendo parte dessa história.

O começo de tudo

No passado, o cargo mais semelhante ao de executivo de futebol era o de supervisor de futebol. Estes não possuíam funções específicas, e acabavam atuando em diversas frentes. Domingo Bosco, supervisor de futebol do Flamengo entre 1978 e 1982, quando morreu precocemente, cuidava inclusive da alimentação dos atletas, além de funções que o executivo acumula atualmente, como o relacionamento com o elenco e a imprensa.

No Cruzeiro, o cargo pertencia a Benecy Queiroz, que chegou ao clube no início dos anos 1970, sendo figura importante na construção do time celeste campeão da Libertadores em 1976. Benecy permanece no clube até hoje, porém atuando agora na área administrativa. Em 2019 foi homenageado por seus 80 anos de idade e quase 50 de clube, com as acomodações do centro de treinamento do clube ganhando o nome de Hotel Benecy Queiroz

Almir Nelson de Almeida. Este foi, possivelmente, o nome mais importante da função de supervisor de futebol em sua origem. Almir iniciou sua trajetória no esporte como jogador de basquete, tendo inclusive disputado os Jogos Olímpicos de 1952 pela seleção brasileira. Foi em 1969 que ingressou no futebol, quando o Fluminense o contratou para atuar na função de supervisor. No tricolor carioca, foi campeão do Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1970. Em seguida, passou por Coritiba e Corinthians até retornar ao Rio de Janeiro em 1974, para o Vasco da Gama, onde foi Campeão Brasileiro no mesmo ano. 

Uma característica dos supervisores de futebol foi de permanecer por longos períodos em seus clubes de origem. Carlos Duran, supervisor do Internacional, trabalhou no clube por 56 anos. No Grêmio, Antônio Carlos Verardi, o “Seu” Verardi, esteve nos bastidores da instituição por 54 anos, sendo uma das figuras mais importantes da história tricolor. Para fechar essa lista, cabe recordar os anos 1990, marcados por uma série de parcerias e co-gestões com a intenção de profissionalizar o esporte por aqui. Na mais importante desta, entre Palmeiras e Parmalat, José Carlos Brunoro foi o supervisor de futebol, sendo responsável por trazer grandes craques da época para atuar no clube paulista.

Executivo de Futebol

No início dos anos 2010, a função passou por uma mudança. Neste momento da história, o cargo ganhou um novo nome: Executivo de Futebol! Além disso, foi fundada a ABEX, associação brasileira de executivos do futebol, com a missão de auxiliar no aprimoramento e desenvolvimento da profissão e da gestão esportiva no Brasil.

Os primeiros nomes dessa nova fase foram de Dênis Abraão no Grêmio e Newton Drummond no Inter. Na sequência vieram nomes que estão até hoje atuando em grandes clubes do futebol nacional, como Rodrigo Caetano, Alexandre Mattos, Felipe Ximenes e Jorge Macedo. Nesta década que está no início, a profissão subiu mais um degrau em importância. Os executivos começam a ser disputados pelos clubes, tendo seu próprio mercado de transferências. Além disso, cursos são oferecidos para a formação de novos profissionais, como o que se inicia hoje, em uma parceria entre FootHub e Fernando Carvalho. Para os próximos anos, a expectativa é que a profissão de Executivo de Futebol seja regulamentada, sendo necessária uma licença para permitir a atuação.

Texto de Equipe FootHub.

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