Se você não sabe por onde começar a inovar em seu clube ou organização, comece pelo ecossistema de inovação local!
O que são ecossistemas de inovação?
De uma forma bem simplista, são um conjunto de ambientes, comunidades e iniciativas que visam fomentar o desenvolvimento social e econômico local através da tecnologia, inovação, e principalmente, pela colaboração.
Muitas destas contam com o incentivo e investimento de universidades, empresas e governo, e a partir disso promovem ações e articulações entre diferentes atores deste ecossistema, e, atraem novos atores que possam contribuir, colaborar e inovar. São diversos agentes: aceleradoras, startups, fundos de venture capital, parques tecnológicos, grandes empresas de tecnologia, associações, governo e universidades que trabalham com o mesmo propósito.
Onde localizar estes ecossistemas?
Você pode buscar por projetos ou iniciativas de inovação das instituições públicas: prefeituras, secretarias, associações ou governo. Alguns exemplos no sul do Brasil são iniciativas Pacto Alegre em Porto Alegre, o Vale do Pinhão em Curitiba, Acate – Associação Catarinense de Tecnologia em Florianópolis. Aliadas a estas iniciativas estão os parques tecnológicos que geralmente estão ligados às universidades.
Ou então, buscar iniciativas privadas – seja do esporte ou não, como Cubo Itaú e o Inovabra Habitat em São Paulo, que foram algumas das primeiras iniciativas de inovação e empreendedorismo no Brasil. E ainda, há a possibilidade de buscar institutos e organizações independentes como Distrito, Arena Hub, Sportheca, Instituto Caldeira, Brazil Sports Tech, e os programas de aceleração, que são uma das pontas deste ecossistema e podem auxiliar de alguma forma.
Enfim, a ideia é buscar algum dos agentes de inovação que possam colaborar de alguma forma com seu clube ou instituição.
Quais as formas de colaboração do ecossistema?
Desde o networking e eventos à construção de um programa próprio de inovação aberta, que foi o que aconteceu com o Vozão Conecta, no Ceará, onde o clube literalmente abriu suas portas para receber startups que pudessem solucionar alguns dos desafios que a instituição enfrenta no dia a dia. Mas há outras formas que servem para o mesmo fim: aplicação de design thinking, design sprint, grupos de estudo, entre outras metodologias.
Neste caso, são muitas as possibilidades! Até de formar parcerias com os parques tecnológicos e universidades para fomentar a inovação e a colaboração em ambos os lados, com a troca de espaços, talentos e ideias. Essa, para mim, é uma das principais fontes de colaboração e inovação que fomentam não só o clube, mas todo o ecossistema local.
E é por isso que eu sempre indico este como um dos principais caminhos a seguir quando o clube de futebol ou instituição esportiva não souber por onde começar a inovar, ou a realizar a transformação digital. Com certeza esse ecossistema poderá não só ajudar como a conectar com aqueles que podem. Mais que isso, são nestes ecossistemas que o clube pode encontrar muitas das soluções para os seus problemas, desde que, claro, possa ser parte integrante como agente colaborador.
Texto de Débora Saldanha.