Quem nunca observou, seja em jogos treino ou em competições, pais gritando a beira do campo corrigindo ou dando orientações pontuais aos seus filhos nas Categorias de Base? Certamente que sim.
As palavras vindas da arquibancada geralmente soam como motivadoras, sejam para elogiar ou para servir de alerta, mas isso não pode se tornar um problema. Não sou da área da psicologia portanto não vou me aprofundar em detalhes, mas é evidente o quanto isso é prejudicial ao jovem atleta.
A cobrança no campo tático e técnico cabe aos profissionais do clube pois alguns erros fazem parte do processo de desenvolvimento daquele jogador. É natural que na formação fique evidente aos olhos do espectador comum as oportunidades de melhoria daquele atleta, logo facilitando qualquer análise superficial sobre a sua atuação.
O jogador já tem a sua responsabilidade para com o clube, companheiros, familiares e amigos de realizar conquistas e isso já é motivador, bem como ouvir, escutar e aprender com a comissão técnica quando o revés vier.
O resultado esperado, o primeiro contrato profissional ou jogar naquele clube de coração vai vir com o tempo, respeitando o processo, errando e acertando, tendo a parcimônia de fazer as escolhas certas quando as oportunidades surgirem.
Nossos aspirantes precisam viver os seus sonhos, extraindo o que há de bom no esporte nessa fase de desenvolvimento e não serem alvos de cobranças demasiadas, afinal muitos deles são apenas crianças e o que mais precisam nesse momento é de apoio.
Correções táticas e técnicas? Deixemos para aquele senhor ou aquela senhora que está com olhar atento e com uma prancheta na mão lá na “casamata”…
Texto de Rodrigo Rangel
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