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A importância das categorias de base nas principais vendas do futebol brasileiro

Nos últimos anos podemos acompanhar transações milionárias de atletas brasileiros, formados nas categorias de base, ao futebol exterior. Com a desvalorização do Real, os valores que já eram considerados altos atualmente parecem até mesmo irreais. Os elevados salários que alguns jogadores chegam a receber mexe com o imaginário popular, apesar de muita das vezes ser uma modalidade considerada a partir do viés empresarial pela gigantesca proporção que o futebol se desenvolveu.

Pessoas de várias faixas etárias constroem admiração, paixão e são até mesmo seduzidos pelas possibilidades de carreira nesse esporte acontecendo prematuramente fazendo que crianças e adolescentes amadureçam de forma precoce. Mas como os clubes conseguem desenvolver e seduzir jovens talentos investindo em seu potencial e conseguindo o lucro desejado?

Pela grande competição de clubes para prospecção de atletas, cada vez mais cedo, jovens são negociados com patrocínios ou benefícios para os pais, e empresários para manter o atleta e conseguir formá-lo em sua categoria de base. O investimento em captação e estruturação são os principais objetivos quando falamos de formação. Dos 7 aos 12 anos muitos atletas são avaliados para iniciação em clubes, é nesta fase que muitas equipes buscam captar novos talentos, construindo uma mentalidade do clube para desenvolvê-lo para o cenário nacional, e até mesmo mundial. Trata-se de um processo contínuo que envolve diversas etapas e categorias, que precisam ser treinados e acompanhados constantemente para se desenvolverem ao máximo.

Um exemplo são as principais transações milionárias do futebol brasileiro, onde a maioria dos craques possuem no mínimo 5 anos de clube, conseguindo desenvolver-se fisicamente, tecnicamente e mentalmente. As categorias de base são muitas das vezes o coração do clube, sendo um dos principais meios de retorno ao investimento para jovens promissores do cenário mundial. O investimento em captação e estruturação são os objetivos quando falamos de formação.

No exemplo abaixo podemos ver as vendas mais expressivas do futebol brasileiro. Atletas que tiveram no mínimo 5 anos passando pelas etapas de formação de categoria de base em cada um de seus clubes.

Neymar da Silva Santos Júnior – 88,4 milhões de Euros

Revelado pelo Santos, Neymar Júnior desde cedo foi considerado uma joia do futebol brasileiro, chegando ao clube em 2003 após seis anos foi promovido ao time principal. Aos 14 anos viajou para a Espanha para fazer um estágio na equipe do Real Madrid, o jogador foi aprovado nos testes e chegou a ser registrado na Federação Espanhola, o Santos por sua vez, vendo o assédio e com medo de perder o futuro craque pagou 1 milhão de Reais para que ele permanecesse nas categorias de base do clube, na época a diretoria do Real Madrid achou que não valia a pena desembolsar esse dinheiro para um jovem de apenas 14 anos.

Pelas seleções de base Neymar foi convocado para o Sub 17 e Sub 20, sendo campeão em 2011 pelo Sul-Americano da categoria. No ano em que fez a sua estreia foi considerado a maior revelação do campeonato paulista.

A transferência para o Barcelona ocorreu em 2013 por 88,4 milhões de Euros quando tinha 21 anos. Sendo campeão da Libertadores e Recopa em 2012 pelo Santos. Até hoje, é considerada a transação mais cara em Euro no futebol brasileiro.

Endrick Felipe Moreira de Sousa – 72 milhões de Euros

Integrado ao elenco Sub-11 do Palmeiras, Endrick iniciou a sua carreira no futebol paulista em 2016. O clube deu emprego de auxiliar de limpeza para o seu pai. Durante seis anos esteve nas categorias de base do Palmeiras com expressivos números, marcando 161 gols em 188 jogos. O atleta pulou diversas etapas, e já com 15 anos ajudou o clube a conquistar a Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2022.

Aos 16 assinou seu primeiro contrato profissional, sendo o jogador mais jovem a atuar em uma equipe profissional pelo Verdão. Em 2022 o Real Madrid anunciava um acordo pela transferência, cerca de 74 milhões de Euros, sendo válido até 2027 com opção de renovação por mais três anos.

Vinicius José Paixão de Oliveira Júnior – 45 milhões de Euros

Sendo o principal destaque da base desde o time Sub-13 do Flamengo, Vinicius Júnior natural de São Gonçalo no Rio de Janeiro, desde os 8 anos participava do núcleo do Flamengo de escolinha de futebol, foi observado pelo Carlos Eduardo Beraldi mais conhecido como Cacau (homem de casaco do Flamengo na foto), que era dono do núcleo em São Gonçalo. Com 10 anos de idade foi federado, e iniciou a sua trajetória pelo clube, aos 13 anos teve a sua primeira convocação para a seleção Sub-15. Em uma revelação de Fábio Barrozo, ex-gerente das categorias de base do Corinthians, foi dito que a equipe paulista tentou tirá-lo da Gávea, mas não conseguiu.

Para se cercar do assédio dos clubes europeus, foi assinado o seu primeiro contrato profissional com 16 anos, com o Flamengo possuindo 90% e 10% para o atleta. O clube rubro negro iniciou um constante plano de carreira elaborando um novo contrato subindo a multa rescisória. Rapidamente houve manifestações do Barcelona e Real Madrid, sendo enviado um Scout do clube catalão para acompanhar de perto as suas atuações. Acabou optando pela equipe de Madrid, sendo vendido por 45 milhões de Euros em 2017.

Outros exemplos também listados como as vendas mais caras do futebol brasileiro são: Rodrygo (45 milhões de Euro); Lucas Moura (43 milhões de Euros); Arthur (40 milhões de Euros); Lucas Paquetá (35 milhões de Euros); Gabriel Jesus (32,7 milhões de Euros) e Oscar (31,9 milhões de Euros).

Texto de Carlos Eduardo Lopes

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