categoria de base
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Aspectos importantes da fisioterapia nas categorias de base

O futebol é o esporte mais popular do mundo, e a maioria dos seus praticantes têm menos de 20 anos. Jogar futebol tanto a nível amador quanto de alto rendimento em idades iniciais pode induzir efeitos benéficos à saúde, mas também há um alto risco de lesões.

As categorias de base tem como principal objetivo formar atletas, técnico, tática, mental e fisicamente. Do ponto de vista fisioterapêutico, uma das primeiras e principais abordagens junto aos setores de preparação e performance deve ser desenvolver uma estrutura de base do ponto de vista de controle de movimento e execução de gestos básicos.

Essas valências são desenvolvidas ensinando às categorias iniciais movimentos simples como: agachamentos, exercícios de estabilidade unipodal e aterrissagem, de uma forma biomecanicamente eficiente e segura. Trabalhar a estabilidade seguida de mobilidade articular durante essas funções irá garantir uma base sólida para desempenhar durante o evoluir. Afinal, em idades iniciais, contusões traumáticas são as mais prevalentes, portanto, ainda não é o momento para nos preocuparmos tanto com reabilitar, e sim prevenir.

À medida em que esses jovens vão aumentando sua maturação e desenvolvendo valências físicas, suas categorias também vão mudando a forma de jogo e cobrança dos mesmos, o que demanda evolução desses movimentos básicos e transferência desses gestos simples para funções esportivas específicas. Nesse momento, espera-se que esses jovens já tenham construído controle motor para que possamos iniciar aumento de volumes de carga para desenvolvimento de trofismo e força e também lapidar ações funcionais de frenagem, trocas de direção e potência.

Epidemiologicamente, a incidência de lesões nessas categorias iniciais no treinamento é quase constante para jogadores de 13 a 19 anos. Variando de 1 a 5 lesões por 1.000 horas de treinamento. Já em jogos, a incidência tende a aumentar com a idade, com média de 15 a 20 lesões por 1.000 horas de jogo em futebolistas com mais de 15 anos. Enquanto 60-90% de todas as lesões foram classificadas como traumáticas, 10-40% foram lesões por uso excessivo. A maioria das lesões ocorrem no tornozelo, joelho e coxa. Os tipos de lesões mais comuns foram distensões, entorses e contusões.


Base

O universo das categorias de base no Brasil é enorme.

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A fisioterapia nas lesões oriundas de eventos agudos ou crônicos de atividades esportivas pode-se dizer que é muito semelhante à categoria profissional. Algumas questões importantes de serem destacadas é a capacidade mais rápida de reparação tecidual de atletas mais jovens que contrastam, por outro lado, com uma menor experiência de sinais e sintomas que se relacionam ao manejo de disfunções e lesões e uma menor memória corporal dos tecidos musculoesqueléticos à adaptação de estímulos extenuantes, valências essas muito menores que as encontradas em atletas profissionais.

Além disso, o que principalmente diferencia o manejo fisioterapêutico na reabilitação de um atleta jovem é a menor carga e cobrança imposta a um corpo ainda não plenamente preparado ao alto rendimento, a menor possibilidade de interferir com aparelhos de eletroterapia e fototerapia na otimização da recuperação (alguns aparelhos podem ter efeitos adversos na maturação e desenvolvimento tecidual) e o lidar com o aspecto biopsicossocial de atletas menos maduros e com menor gestão emocional. Destaco a importância de um manejo interdisciplinar com todos da comissão técnica e departamento médico junto aos familiares ou responsáveis pela condução da carreira do atleta.

Talvez uma das maiores preocupações no cenário das categorias de base seja o tempo de afastamento desse jovem de grandes competições daquela categoria em anos específicos, em que o afastamento possa resultar em não experienciar competições. Cerca de 50% das lesões deixam o atleta pelo menos 1 semana na reabilitação fisioterapêutica. Cerca de um terço resulta em uma ausência entre 1 a 4 semanas Cerca de um sexto de todas as lesões tendem a ser graves e necessitar de mais de 1 mês de afastamento.

Vale ressaltar que o estado de maturação parece ter influência nas características da lesão, embora as evidências não sejam conclusivas no momento. Também, estudos prospectivos com acompanhamento na idade adulta são necessários para esclarecer os resultados de saúde a longo prazo das lesões esportivas juvenis.

Texto de Felipe Xavier.

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