rio innovation week
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3 destaques do Rio Innovation Week

Estive recentemente representando o FootHub no Rio Innovation Week, o maior encontro de tecnologia, inovação e negócios da América Latina. Nesta edição foram mais de 1.700 palestrantes, 1.000 mentorias e workshops, 2.000 startups de diversas áreas e 125 mil visitantes. Separei aqui três destaques que pude ver no palco do Arena Hub, voltado para o ecossistema do esporte.

NBA e sua capacidade de contar histórias

Começamos aqui com a palestra de Rodrigo Vicentini, da NBA Brasil, sobre Fan Experience. Um tema fundamental para quem deseja atuar com esporte, tendo uma grande instituição como referência.

O que é a NBA? Essa foi a pergunta inicial de Rodrigo, que acabou guiando a palestra. A resposta é mais simples que parece: A NBA é uma empresa que conta histórias e seu jogo é produzir conteúdo.

Para realizar seu trabalho por completo, o palestrante destacou algumas ferramentas:

– Cenários incríveis;

– Heróis e protagonistas inquestionáveis, consumidos por diferentes motivos;

– Narrativas envolventes.

No entanto, as histórias têm um motivo para funcionar. O grande diferencial da liga é deixar o fã no centro da história, a partir de dois pilares. O primeiro é o sentimento de comunidade, enquanto o outro é o lifestyle proporcionado pela NBA. É assim que a entidade vem conquistando fãs ao redor do mundo, com cerca de 46 milhões declarados de NBA no Brasil.

Rodrigo falou um pouco do quem vem sendo construído no país, onde a liga possui dois escritórios, no Rio de Janeiro e São Paulo, com cerca de 30 pessoas no time, em um trabalho que vem sendo desenvolvido há 10 anos. Ações como a NBA House e o NBA Park, que será inaugurado em breve, confirmam o papel de contar histórias da liga, com o fã como principal personagem da jornada.

Sportstech, uma oportunidade para o futuro

Um segundo destaque ficou por conta do painel “O cenário de investimentos em sportstech”, mediado por Fernando Patara e com a participação de Lucas de Paula, da OutField, e Pyr Marcondes da Pipeline Capital, ambos com investimentos realizados em startups da área de esportes.

Os palestrantes destacaram que se deve cuidar o romantismo e paixão presente do esporte. É preciso pensar com a mentalidade de negócio, precisa dar lucro. A paixão deve funcionar como um “anabolizante” para evoluir a indústria.

A partir desse ponto, foram destacadas quatro teses de empresas do esporte:

Mudar a modalidade esportiva.

Tecnologia aplicada na prática esportiva, amador ou profissional.

Tecnologia aplicada no consumo de esportes.

Tecnologia para desenvolvimento da sociedade.

Durante a palestra, os convidados evidenciaram que faltam iniciativas para atingir a base do ecossistema de sportstech, aumentando o repertório dessas startups. No entanto, é preciso ter calma com essas deficiências da indústria, pois esse é um jogo de longo prazo.

O tempo de retorno de investimentos de um fundo, por exemplo, costuma ser entre 5 e 10 anos, um tempo que as vezes não existe no esporte.

Além dos conceitos, um case foi mencionado. O Los Angeles Dodgers, da MLB, é uma entre tantas outras entidades esportivas a investir e aplicar soluções inovadoras em seu dia a dia. No caso do futebol brasileiro, falta inclusive braço nos clubes para abraçar a inovação, já que estes não conseguem nem testar soluções de startups, por exemplo. Uma oportunidade interessante que se destaca no mercado.

Case Paulistão 2022 – transmissão multiplataforma

Para fechar o texto, um case que já estamos acompanhando há algum tempo. Trata-se da parceria entre Federação Paulista de Futebol, representada por Bernardo Itri, e a Live Mode, com Maurício Portela, que culminou na transmissão multiplataforma do Paulistão 2022. Este trabalho em conjunto começou em 2018, com objetivo da Federação Paulista sendo de aumentar suas receitas e visibilidade.

Tratando da experiência de 2022, a atuação da federação e da empresa envolveu um novo desafio: negociar, vender e produzir o campeonato. O último passo foi a grande novidade para todos. As dificuldades foram superadas, com este processo do Paulistão funcionando também como teste, criando um modelo específico para ser aplicado em outras edições.

Os palestrantes mencionaram algumas especificidades dos canais que transmitiram o torneio. No YouTube, o campeonato foi trabalhado como produto, interagindo com um ecossistema de canais que, em alguns casos, nem tinham relação com o futebol. Essa ação aproximou fãs do torneio, que muitas vezes não estavam acostumados a acompanhar nos veículos tradicionais.

Sobre o Paulistão Play, plataforma de streaming própria da FPF, esta funcionou como uma ferramenta para conhecer o torcedor que acompanha o futebol Paulista. Não só no campeonato estadual, mas ao longo do ano, considerando ainda base e feminino. Este processo de análise de dados é fundamental para a continuidade da estratégia, auxiliando a melhorar o produto a partir da visão do cliente.

Além disso, também foi falado sobre o mercado do streaming como um todo. Este vem sofrendo algumas mudanças, com competições como Copa do Brasil e Libertadores sendo, também, transmitidos via multiplataforma. Ainda sim, existe muita dificuldade para achar onde vai passar o jogo.

Outro ponto interessante mencionado no painel tratou do mercado publicitário, que entendeu que existe visibilidade além da Globo. O Paulistão de 2022 teve aumento de 70% de receitas comerciais, mesmo sem aparecer no canal mais popular do país.

Fica a menção ao Arena Hub como organizar do espaço, que proporcionou a aproximação do esporte com diversas outras áreas onde a inovação é mais evoluída. Que possamos aprender cada vez mais em busca de um ecossistema mais inovador.

Texto de Rodrigo Romano.

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