O futebol passou além das quatro linhas do campo, se transformando em um negócio lucrativo. Os departamentos de marketing dos clubes ganharam uma importância valiosa para o aumento de receitas. E uma boa estratégica de marketing é o terceiro uniforme: utilizado por alguns clubes, e ignorado por outros.
No ano de 2015, tivemos algumas ações por parte dos clubes promovendo o terceiro uniforme, ações que resultaram em um aumento nas suas receitas. O uniforme alternativo ganha carinho dos torcedores porque ele remete – geralmente – ao passado do clube, como o Corinthians fez com a camiseta laranja remetendo à sua origem. O Cruzeiro também utilizou o seu passado para divulgar o terceiro uniforme. O time que tem origem italiana divulgou um vídeo para a apresentação.
Outros clubes aproveitaram o rendimento do time em campo aliado a uma sequência de vitórias, para alavancar as vendas do terceiro uniforme. Exemplo disso foi o Grêmio que no ano passado adquiriu uma sequência de vitórias no Campeonato Brasileiro utilizando a camisa degradê. A camisa caiu no gosto da torcida, atingindo mais de 20 mil peças vendidas no primeiro mês de comercialização.
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Recentemente, o São Paulo Futebol Clube, em parceria com a Adidas, lançou o terceiro uniforme que remete ao título do mundial de clubes da década de 90. O design foge das tradicionais listas, mas se eternizou na memória do torcedor com o agasalho que o histórico treinador, Telê Santana, utilizava na época. O sucesso foi grandioso que arrecadou cerca de R$ 1 milhão no lançamento. Além do design, a comunicação do clube foi essencial para o resultado positivo, através de vídeos com ídolos da época e artes em anime.
O terceiro uniforme, muito comum entre os clubes europeus, começa a ganhar adeptos nos gramados e departamentos de marketing dos clubes brasileiros. Cabe à direção e ao patrocinador esportivo elaborar um uniforme que conquiste o carinho do torcedor.
Texto de Gabriel Klein.