
O futebol europeu e sul americano concentram os maiores investimentos do mundo, mas, o fluxo de jogadores não se restringe apenas às ligas que nós mais conhecemos e acompanhamos. Cada vez mais, clubes de pequeno e médio porte buscam alternativas em mercados considerados “periféricos”, mas que oferecem alto potencial de valorização e retorno esportivo. Em tempos de scouting avançado, explorar ligas menos badaladas tornou-se um diferencial competitivo.
A seguir, destacamos cinco regiões que têm se consolidado como polos de revelação e exportação de talentos:
1. Escandinávia (Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia)
A região nórdica tem sido responsável por uma nova geração de atacantes e meio-campistas de elite. Apenas a Dinamarca exportou, em 2023, mais de 120 jogadores para outras ligas europeias (CIES Football Observatory). A Suécia, por sua vez, registrou mais de 90 transferências internacionais no mesmo período.

Reprodução: FIFPro
Casos como Erling Haaland (Molde, Noruega), Alexander Isak (AIK, Suécia) e Rasmus Højlund (Copenhague, Dinamarca) comprovam o potencial.
Diferencial: ligas organizadas, academias modernas e transição precoce para mercados maiores.
2. África Subsaariana (Nigéria, Gana, Costa do Marfim, Senegal, Mali)
Segundo a FIFA, a África representa mais de 13% de todos os jogadores expatriados no futebol mundial. Países como Nigéria e Gana têm academias parceiras de clubes europeus, acelerando o processo de exportação.

Foto: Reuters/ Thaier Al Sudani
Exemplos incluem Victor Osimhen (Ultimate Strikers, Nigéria), Mohamed Kudus (Right to Dream Academy, Gana) e Sadio Mané (Generation Foot, Senegal).
Diferencial: atletas com capacidade física acima da média e cada vez mais lapidados taticamente.
3. Leste Europeu (Sérvia, Croácia, Ucrânia, Geórgia)
A região vive uma produção constante de talentos competitivos. De acordo com a UEFA, a Croácia tem a maior taxa de exportação proporcional da Europa, com mais de 650 jogadores atuando fora do país em 2024.

Foto: IMAGO/Alexandra Fechete
Jogadores como Luka Modrić (Dínamo Zagreb, Croácia), Dusan Vlahović (Partizan Belgrado, Sérvia) e Khvicha Kvaratskhelia (Dinamo Batumi, Geórgia) mostram como mercados de menor visibilidade podem gerar protagonistas globais.
Diferencial: mentalidade competitiva, experiência precoce em torneios internacionais e forte tradição técnica.
4. Ásia (Japão, Coreia do Sul, Irã, Uzbequistão)
O continente asiático vem ganhando protagonismo não apenas pelo investimento em ligas como a J-League (Japão) e a K-League (Coreia do Sul), mas também pelo crescente número de atletas exportados. A J-League registrou mais de 60 transferências internacionais em 2023, sendo hoje uma das principais portas de saída para a Europa.

Foto: Foto: Paul Childs/Reuters
Exemplos recentes incluem Takefusa Kubo (FC Tokyo, Japão), Kaoru Mitoma (Kawasaki Frontale, Japão) e Heung-min Son (FC Seoul, Hamburgo, Coreia). O Irã e o Uzbequistão também começam a revelar atletas com destaque em competições da AFC.
Diferencial: forte organização de ligas locais, crescente nível técnico e jogadores com alta disciplina tática.
5. América Central e Caribe (Costa Rica, Honduras, Jamaica, Panamá)
Historicamente menos explorada, a região tem se beneficiado do aumento da visibilidade da MLS e da Concacaf Champions League. A Costa Rica, por exemplo, colocou mais de 60 atletas em clubes estrangeiros em 2023.

Foto: Reprodução Sporting News
Casos como Keylor Navas (Saprissa, Costa Rica), Leon Bailey (Phoenix All Stars Academy, Jamaica) e Alberth Elis (Olimpia, Honduras) evidenciam o potencial do mercado.
Diferencial: atletas velozes, explosivos e cada vez mais valorizados em competições continentais.
Mercados estratégicos
Portugal, Holanda e Bélgica já são caminhos consolidados para jovens promessas. Entretanto, Escandinávia, África Subsaariana, Leste Europeu, Ásia e América Central/Caribe, representam hoje, mercados estratégicos para clubes que buscam antecipar tendências. São regiões com alto volume de exportação, custos mais baixos e atletas com margem de valorização significativa.
No futebol contemporâneo, identificar esses polos pode significar a diferença entre contratar uma promessa por poucos milhões ou disputar um craque já inflacionado pelo mercado.
Texto de Bernardo Moreira

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