Fernando Carvalho, bicampeão da maior competição sul-americana, faz análise de cada uma das equipes do grupo, na Série Libertadores 2025

O Grupo G da Libertadores de 2025 ao lado da chave do Flamengo talvez seja aquele de mais fácil prognóstico em termos de classificação, despontando o alviverde imponente do Allianz Parque como favorito, contando com o longevo e competente trabalho de Abel Ferreira e seus auxiliares lusitanos, no comando da casamata palmeirense.
A altitude boliviana deve conceder os costumeiros benefícios ao Bolívar em detrimento de Sporting Cristal e Cerro Porteño do Paraguai que, historicamente, não conseguem superar a fase quartas de final da competição. Daí já se vê que a disputa da segunda vaga será bem renhida, com vantagem a quem costuma fazer resultados elásticos em casa tendo vista a altitude, para onde pende minha opinião em relação a quem é o favorito para obtenção da segunda vaga na qualificação.

Palmeiras é favorito ao título da Libertadores
A Sociedade Esportiva Palmeiras, nos últimos anos o grande vencedor dessa competição, mantém a comissão técnica, mantém dirigentes de futebol, alterou em pequena parte o seu já qualificado elenco, reeditando e melhorando o grupo, quase sempre exposto em 4-2-3-1, às vezes transformado em 3-4-3 , em ambas situações como muita competição, resiliência e velocidade de retomada.
Para o Palmeiras de hoje o jogo só termina quando acaba, ou seja, uma derrota quase certa, pode ser revertida ao final quase sempre com bravura e heroísmo. Atletas de seleção, Weverton, Gustavo Gomez, Piquerez, Murilo, o jovem Micael, os velhos conhecidos Mayke e Gustavo Rocha (aquele do lateral no segundo Pau), Aníbal Moreno e Richard Rios no meio, volantes de qualidade superior.
Do meio pra frente o maestro Raphael Veiga, com o atacante – meia Estevão (candidato logo logo a melhor do mundo) e Victor Roque, de prematura saída para Europa, mas que por aqui vai sobrar, dada sua grande qualidade de definição, com força e qualidade técnica, além das boas alternativas de Facundo Torres e Flaco López, sempre nas redondezas da área onde é letal. Classifica e vai muito longe na competição, sendo um dos favoritos.
Três times brigam pela segunda vaga
O Bolívar Club da altitude de La Paz, treinado pelo argentino Flávio Robatto, campeão da Liga Boliviana em 2024, tem como seu grande destaque o centro campista Ramiro Vacca, e conta ainda com o brasileiro Bruno Sávio, que por lá tem tido razoável destaque.
Posta-se em 4-3-3 bastante agressivo em casa, porém sofre demasiadamente a nível do mar quando seu 12 atleta – a altitude- não se faz presente. Tem ainda os zagueiros, Segredo e Jesus, o volante central Melgar e o extremo Patitto Rodrigues para engordar a lista de atletas com destaque. Mais pelo que sofrem os adversários nos jogos na altitude do que por suas qualidades, o Bolívar é candidato a segunda vaga do grupo.
O Sporting Cristal peruano, treinado pelo também argentino Guillermo Farré (ao final contabilizarei quantos treinadores argentinos treinam clubes nessa Libertadores, fora os de seu país) conquistou cédula de ingresso na Libertadores 2025 pelo vice campeonato na liga peruana de 2024. Normalmente apresenta-se num 4-2-3-1 tendo como referência o veterano atacante uruguaio Martín Cauteruccio, seu goleador.
Conta ainda com atletas de nível médio como os laterais Sosa e Pasquini, o volante Pratelli e os extremos Gonzales e Pacheco. Time com força física, média intensidade impondo dificuldade quando de partidas em casa. Se não sofrer demasiado dano na altitude de La Paz, poderá disputar com o Bolívar a segunda vaga classificatória.
Último clube a ser analisado no Grupo G da próxima Libertadores, o paraguaio Cerro Porteño, tradicional agremiação em seu país, sem muito destaque nas disputas continentais, qualificou-se esse ano pelo desempenho global no certame local, onde atingiu o maior número de pontos na tabela somados Apertura e Clausura. Também, com o treinador argentino Diego Martinez, que já trabalhou no Boca Juniors, Huracán e Tigres, tem como referência por cartel e experiência o arqueiro Gatito Fernandez, egresso do Botafogo Futebol e Regatas, onde participou dos recentes títulos.
Observando a velha cultura paraguaia, embora treinado por portenho, o Cerro alinha-se normalmente em 4-4-2 com defesa muito cerrada, com laterais marcadores de pouco inflexão ofensiva, com volantes fixos, posicionados, de muita marcação, e meias pontas que fecham a segunda linha lateralmente na fase defensiva, mas somam-se ao setor interno do campo, na fase ofensiva. Tem pouca profundidade.
Na frente, Carrizo é referência e Rodrigues flutua. Quinta e Perez são bons zagueiros, Gimenez e Piris são razoáveis volantes. No mais a velha garra paraguaia, em busca de uma vaga que também poderá ocorrer a depender dos confrontos em casa e dos duelos na altitude. Grupo G de difícil prognóstico quanto à segunda vaga.
Texto de Fernando Carvalho
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