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Fernando Carvalho, bicampeão da maior competição sul-americana, faz análise de cada uma das equipes do grupo, na Série Libertadores 2025

O Grupo F da Libertadores 2025, desde logo foi cognominado pela imprensa sul-americana de Grupo da Morte, por conter 4 clubes ou com tradição no Continente ou com recentes bons desempenhos. Internacional de Porto Alegre, sempre um candidato a títulos, ganhador em 2 edições do torneio, 2006 e 2010, com ótimo desempenho no Campeonato nacional de 2024, vindo de conquistar e certame de seu estado – RS- no último mês, de acentuada melhora com a contratação de Roger Machado e Paulo Paixão para o seu comando técnico. 

O Esporte Clube Bahia, integrante do Grupo City, transformou-se em SAF há 3 anos. Trata-se da Corporação de Futebol mais bem administrada do Brasil, seguindo rigorosamente as regras e os parâmetros diretivos de Ferran Soriano (aquele do livro A Bola não entra por acaso), egresso do Barcelona Catalão, hoje CEO do mesmo Grupo City, cujos resultados de campo começam a ser sentidos, sob comando de Rogério Ceni, já longevo no cargo de treinador. 

Esses clubes, sem dúvida principais candidatos a seguir em frente, sem desprezar, é lógico, o tradicional Nacional de Montevidéu, que ultimamente já não tem a mesma força, mas que sempre pode revigorar-se e impor muitas dificuldades aos rivais. Por fim, o Atlético Nacional da Colômbia, atual campeão de seu país, sempre muito competitivo e copeiro, pronto a surpreender.

Inter vai longe na Libertadores

Não por minha relação com o clube, mas sim porque os fatos recentes assim o recomendam, penso ser o colorado gaúcho o elenco mais forte do grupo, com aptidão para ir bem longe na competição e por consequência, classificar-se.

Com elenco com muitas alternativas em todos os setores, perfeita sincronia entre atletas, comissão técnica e direção, mormente com a presença de Andrés D’alessandro e Mario André Mazzuco, o clube de recente conquista do Gauchão, tendo como destaques os goleiros Anthoni e Chino Rochet, os zagueiros Vitão e Vitor Gabriel, com o recém contratado Juninho, laterais Bernabei e Ramon, Fernando no comando do meio campo com Bruno Henrique, Thiago Maia e Ronaldo, oferecem boas opções a Roger Machado. 

Ainda no meio, Alan Patrick reina soberano como melhor jogador em atividade no Brasil, coadjuvado por bons meias atacantes, Wesley, Vitinho, Carbonero e Gustavo Prado, e por fim os diferenciados, Enner Valencia e Santos Borré como atacantes de definição.

Esse conjunto concede ao Colorado, quase certo, bilhete de ingresso na próxima fase, embora a dificuldade ante vista dos rivais.

Bahia como candidato a ir longe

O Esporte Clube Bahia, vindo da fase pré-Libertadores, já comandado por Rogério Ceni por 2 temporadas, começa a consolidar, há um tempo, o sistema de gestão corporativa apregoado pelo conglomerado financeiro a que faz parte e a outro tempo o sistema de jogo apregoado por seu treinador que tem sido sua marca por onde passa, com futebol rápido, duas linhas de quatro, meias atuando externamente sem a bola e internamente com a bola, dois atacantes na frente, tudo com muita intensidade em alta frequência. 

Para tanto dotou seu elenco com jogadores portadores dessa característica, zagueiros velozes, capazes de marcar no mano, laterais com frequência intensa e permanente para ir e vir, durante todo o jogo, volantes móveis, com ótimos passes e poder de infiltração, meias de alta técnica, com poder de marcação e movimentação que a todo momento surpreenda adversários. 

Na frente, dois atacantes, um de área, outro com muita movimentação, que às vezes misturam-se aos meias para rodízios, visando confundir os rivais. Conta com alternativas em todos os setores, goleiros Marcos Felipe e Danilo Fernandes, zagueiros Kanu, David Duarte, Gabriel Xavier, e Santiago Ramos, laterais Juba, Iago, Gilberto e Arias, volantes, Acevedo, Caio Alexandre, Resende, Erick, meias Cauly, Everton Ribeiro, Rodrigo Nestor, Jean Lucas, extremas utilizados para troca de esquema, Erick Pulga, Ademir, Michel Araujo, e dois centroavantes de rigor, Luciano Rodrigues e William José, amadurecido por 10 anos de Europa. (Ninguém joga 10 anos na Europa impunemente, dizemos no FootHub). O Bahia é candidato a ir longe na competição.

Nacional com poucas chances de avançar

O Nacional do Uruguai, costumeiro rival dos alvirrubros em fases iniciais de Libertadores, replica essa condição  em 2025, contudo já sem a mesma força de anos passados quando decidiu a competição com os próprios escarlates e sufragou título no jogo final, em Montevideo, no sempre lembrado e de má lembrança  para os colorados, gol de Vitorino em 1980.  

Treinado por Miguel Lasarde, histórico treinador de bons trabalhos nos tricolores uruguaios, que assumiu os vestiários em 2024, substituindo o venezuelano Dudamel, e conduzindo seu elenco à segunda colocação no campeonato local, a significar ingresso na atual Libertadores. Conta jogadores veteranos como Nico López ,principal peça da equipe, e o chileno  Eduardo Vargas, recém chegado do Brasil, ainda sem luzir nos gramados. 

Na defesa os veteranos Coates e Polenta concedem experiência à zaga, com grande carga de lentidão, acompanhados pelos laterais Baez, Morales e Rodrigues. No mais, elenco pouco conhecido mas competitivo como soe acontecer na história do clube uruguaio, que ainda tem o conhecido atacante Gonçalo Carneiro como alternativa ofensiva.

A meu juízo, com suas limitações, normalmente expostas em duas linhas de quatro com 2 atacantes móveis e soltos no ataque, o Nacional será o desafiante do grupo com poucas chances de ir adiante, podendo impor danos aos rivais nos jogos de local.

Atlético Nacional pode surpreender

O Atlético Nacional, último campeão colombiano, tem como treinador Javier Gandolfi, de nacionalidade argentina que com 3 meses de casa já obteve o título da Super Copa da Colômbia e tem como grande nome David Ospina, lendário arqueiro com trajetória na Premier League onde atuou no Arsenal, além de Nice na França e Napoli na Itália.

Equipe física, de muito contato corporal, veloz, exposta quase sempre em 4-2-3-1, onde normalmente chamam atenção o meia central Cardona e o atacante definidor Morelos. Na defesa, os zagueiros Arias e Tesillo dão segurança à retaguarda e são muito perigosos nas bolas aéreas ofensivas.

Vai impor dificuldades aos adversários tanto dentro como fora de casa e poderá enrolar a classificação do grupo, no mínimo retirando pontos dos favoritos que visam melhores colocações na tabela geral para ir decidindo em casa nas fases subsequentes. Ao contrário do Nacional, briga por classificação.

Texto de Fernando Carvalho

Leia: Libertadores 2025 – Quem vai se classificar no Grupo A?

Leia: Libertadores 2025 – Quem vai se classificar no Grupo B?

Leia: Libertadores 2025 – Quem vai se classificar no Grupo C?

Leia: Libertadores 2025 – Quem vai se classificar no Grupo D?

Leia: Libertadores 2025 – Quem vai se classificar no Grupo E?

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