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Riquelve Nata/Sports Press Photo/Getty Images

Chegamos à semifinal da Copa Libertadores da América de 2025, com dois confrontos envolvendo clubes brasileiros: Palmeiras x LDU (Equador) e Flamengo x Racing (Argentina). Os prognósticos apontam, mais uma vez, para a possibilidade de uma decisão nacional.

Até aqui, nossas análises sobre as fases anteriores da Libertadores têm mostrado bom índice de acerto. Na etapa passada, praticamente previmos corretamente os resultados dos quatro confrontos. Mesmo no duelo entre São Paulo e LDU, destacamos o equilíbrio técnico e indicamos o favoritismo do Tricolor Paulista, mas ressaltamos também a influência do fator local na partida de ida e os efeitos da altitude sobre o desempenho dos atletas — fatores que poderiam resultar em um placar difícil de reverter no jogo de volta, em São Paulo. Foi exatamente o que ocorreu.

Nos demais confrontos, a vitória do Palmeiras foi projetada com naturalidade, mesmo diante do tradicional River Plate. A supremacia do Racing sobre o Vélez Sarsfield no duelo portenho também havia sido antecipada, assim como a superação do Flamengo sobre o Estudiantes de La Plata — ainda que com dificuldades. A decisão, definida em “en pelotas quietas”, havia sido analisada previamente, inclusive com a previsão dos inevitáveis requintes de sofrimento que marcaram a classificação rubro-negra.

Semifinais da Libertadores

Agora, na fase que vai identificar os dois finalistas da Libertadores, mais uma vez teremos renhidas disputas, já que a competição traz aos seus disputantes, principalmente nesta etapa, uma carga de competitividade quase inédita em outras competições. Porém, mesmo diante disso, pronuncia-se que chegarão a Lima, no dia 29 de novembro, Palmeiras e Flamengo, que levarão para o exterior a renhida disputa que presentemente protagonizam no Campeonato Brasileiro.

O Palmeiras, ao enfrentar a LDU, tal qual o São Paulo, terá contra si, no jogo inaugural, o fator local proporcionado pela altitude de Quito, a favorecer o onze equatoriano que, além disso, é treinado pelo brasileiro Tiago Nunes — que desbrava mercado para os treinadores brasileiros na América do Sul, com ótimo trabalho. Trata-se de um time muito competitivo, de forte marcação, muito contato físico, explorando contra-ataques em velocidade, no que é auxiliado pelo crescente desgaste físico dos adversários que atuam em nível do mar, ao longo de jogos realizados a 2.850 metros de altitude.

A despeito disso, como dispõe de equipe de apoio na área de fisiologia, nutrição e preparação física de altíssimo nível, além de jogadores de qualidade e extremamente preparados fisicamente, com um treinador resultadista, Abel Ferreira — que costuma ter uma estratégia para cada adversário — o time surge como favorito, até porque a definição da vaga se dará no Allianz Parque.

Os cariocas, em seu confronto com os argentinos, mesmo decidindo a fase fora de casa — o que, em se tratando de portenhos, é sempre mais difícil —, por terem o elenco mais caro e qualificado da América do Sul, repleto de estrelas e com qualidade e competitividade em alto nível, também surgem como favoritos para suplantar a fase e chegar a Lima.

Para fazer valer esse presságio, o Flamengo necessita, sobremodo, fazer bom resultado no jogo do Maracanã, onde necessariamente deverá obter placar positivo, pois decidir em Avellaneda, sem vantagem, implicará em incerteza inadequada para um time que, ao longo dessa competição, teve dificuldades com Central Córdoba e Estudiantes de La Plata. Nos quatro confrontos entretidos, sofreu forte marcação e enfrentou adversários muito ríspidos, beirando a violência, que retiraram do rubro-negro a tranquilidade da posse de bola envolvente e dominante, propondo velocidade nos contra-ataques, após retomadas rápidas, para fustigar o adversário.

Concluo sugerindo o favoritismo do Mengão, porém proponho um asterisco de cautela e incerteza, já que os argentinos praticam o futebol que os cariocas não gostam de enfrentar — e que demonstraram ter dificuldade para suplantar.

Texto de Fernando Carvalho

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