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Divulgação Manchester City

A formação de profissionais do esporte está sempre em pauta. Frequentemente, treinadores renomados são considerados atualizados acerca do conhecimento do jogo e os demais, por vezes, acabam ficando rotulados de “ultrapassados”. Isto ocorre pelo fato de não acompanharem as evoluções do esporte e, portanto, existe uma probabilidade maior dos resultados não serem tão vantajosos.

Em culturas que tenham um apreço pela educação de forma mais intensa, a formação dos treinadores é altamente valorizada. Não é uma coincidência que treinadores argentinos passem anos reciclando suas ideias, assim como os espanhóis beberam muito da fonte de Paco Seiru-lo – além de metodólogo do Barcelona, também foi professor universitário – e os portugueses que possuem fortes influências da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto ou da Faculdade de Motricidade Humana, de Lisboa.

Conhecimentos gerais ou específicos

Estes conhecimentos podem ser gerais ou específicos, dependendo da área de aplicação. Por exemplo, para um treinador de futebol, o conhecimento acerca do treinamento é algo específico, porém áreas da filosofia, sociologia, economia e marketing podem ser consideradas gerais.

Embora os conhecimentos desses campos não sejam aplicados diretamente, suas inter-relações podem afetar significativamente o ambiente de trabalho. Analogamente, um economista não precisa saber sobre o jogo de futebol, mas quem sabe se ele tiver algum conhecimento, ele não possa aplicar algumas bases para o seu cotidiano de profissional? É aí que se encontra o “pulo do gato”!

O Futebol tem uma natureza muito complexa e, com o passar do tempo, tem se intensificado. As relações e a tecnicidade do esporte se entrelaçam no dia a dia dos clubes. Não é raro ouvirmos sobre treinadores que obtêm sucesso mais pelo fato de serem excelentes gestores do que propriamente um estrategista do jogo – e o contrário também é verdadeiro; excelentes treinadores que não conseguem gerir bem as relações interpessoais. Investir na carreira também significa avançar na sua capacidade de aprendizado e, consequentemente, na formação de conexões entre os conteúdos gerais e específicos.

Recentemente, em um podcast, escutei um nutricionista esportivo discutir a melhor altura para um jogador ingerir bebidas alcoólicas dentro de uma semana competitiva. Ele sugeria que, se fosse em uma semana com jogo de domingo a domingo, o ideal seria o consumo (moderado, obviamente) na quarta à noite, pelo fato de estar o mais distante possível dos dias competitivos (pré e pós-jogo). Sob a ótica nutricional, pode fazer muito sentido, mas por que não faz sentido esta informação no ambiente esportivo?

Porque em uma “semana cheia”, como se diz (com 1 dia de folga e 5 dias de treino), o ápice da carga ocorre entre terça e quarta, ou seja, é quando, dentro da semana, o jogador tem as cargas mais elevadas de treino, fazendo com que naturalmente ele tenha maior desgaste neste período. Se ele ingere bebida alcoólica e, por uma questão nutricional, não recupera bem destes dias de treino, ele chega para o próximo jogo desgastado.

Este é apenas um exemplo entre tantos outros que dizem respeito às diversas áreas da ciência. O fundamental é que, tendo embasamento, o conhecimento geral que o treinador e os membros do staff acabam adquirindo servem para argumentar em um debate de ideias e alinhar diretrizes da metodologia integrada.

Esta conexão entre as diversas áreas de um clube é o que, como mencionamos no início, compõe uma das maiores complexidades do futebol: Fazer com que todos remem na mesma direção. Independentemente da especialização dos profissionais que trabalham no campo, o conhecimento geral é aquele que pode criar ideias inovadoras para impulsionar o desenvolvimento do esporte.

Texto de Leonardo Monteiro

Quer aumentar sua rede de networking com o departamento que mais cresce na indústria do futebol? O FootHub está com inscrições abertas para a quarta turma do curso Scouting – Análise de Mercado no Futebol. Com um grupo inédito de professores, iremos embarcar em mais uma jornada de muito aprendizado sobre a área que mais cresce na indústria do futebol! 

O curso é composto por 4 aulas ao vivo pela plataforma do Zoom nos dias  24/02, 25/02, 10/03 e 11/03, das 19h às 22h. Um dos diferenciais do curso será o estágio em clube, podendo ser feito online e/ou presencial.

Professores:

Alessandro Brito, Diretor de Gestão Esportiva da SAF Botafogo, foi campeão da Libertadores e do Campeonato Brasileiro em 2024.

Carlos Cintra, Coordenador da Captação do Fluminense, um dos responsáveis pelo processo de formação da base de Xerém.

Bruno Costa, Executivo de Futebol do Fortaleza, com experiência na MLS

Giovani Dalla Valle, Gerente de Mercado do Avaí, estruturou o departamento de mercado de diversos clubes.

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