
Foto: AFP
O Atlético Mineiro terá pela frente, na final da Copa Sul-Americana, um adversário que carrega uma história singular no futebol mundial: o Club Atlético Lanús, amplamente conhecido como o maior “clube de bairro” do planeta. Uma definição que não é exagero — sua trajetória é marcada por identidade comunitária, resistência e feitos esportivos que desafiam seu tamanho.
Fundado em 3 de janeiro de 1915 por moradores da cidade de Lanús, na Grande Buenos Aires, o clube nasceu como um símbolo de união do bairro. As cores grená e branco rapidamente se tornaram ícones de uma instituição que ultrapassava o esporte: representava pertencimento e orgulho local.
Nas primeiras décadas, o Lanús consolidou suas bases e construiu seus primeiros ídolos. Entre eles, Héctor Guidi, nome emblemático dos anos 1950. Em 1956, o clube viveu uma de suas fases mais memoráveis com o time apelidado de “Los Globetrotters”, conhecido pelo futebol vistoso que o levou ao vice-campeonato argentino, ficando atrás apenas do River Plate. Na década seguinte, outra dupla marcou época: Bernardo Acosta e Ángel Silva, os “Los Albañiles”, apelidados assim pela maneira meticulosa com que construíam jogadas.
Mas nem só de glórias viveu o clube. Os anos 1970 foram devastadores: crises financeiras, problemas políticos internos e rebaixamentos sucessivos quase levaram o Lanús à extinção. Em 1978, veio o fundo do poço com a queda para a Terceira Divisão. Foi a torcida, fiel e engajada, que impediu o desaparecimento do clube — uma das demonstrações mais fortes da essência de “clube de bairro”.
A reestruturação começou nos anos 1980, de forma lenta e baseada no envolvimento comunitário. A retomada levou o Lanús de volta à elite e inaugurou uma fase de conquistas. Em 1996, veio o primeiro título internacional: a Copa Conmebol, diante do Independiente Santa Fe. Em 2007, o clube ganhou seu primeiro Campeonato Argentino, impulsionado por nomes como José Sand, que se tornaria um dos maiores artilheiros de sua história.

Reprodução Futebol Portenho
O ápice continental surgiu em 2013, com a conquista da Copa Sul-Americana sobre a Ponte Preta. No ano seguinte, o clube disputou a Recopa contra o Atlético-MG. E 2016 se tornou o ano mágico: Campeonato Argentino, Copa Bicentenário e Supercopa Argentina — uma tríplice coroa que ficou marcada pela goleada por 4 a 0 sobre o San Lorenzo na final.
Em 2017, o Lanús surpreendeu o continente ao chegar à final da Copa Libertadores, eliminando gigantes como San Lorenzo e River Plate, antes de perder o título para o Grêmio. Hoje, segue estruturado, com o moderno estádio La Fortaleza e uma das categorias de base mais qualificadas da Argentina, reforçando seus pilares de identidade, trabalho e comunidade.
Lanús x Atlético-MG – Retrospecto é brasileiro
Agora, a história do Lanús se cruza novamente com a do Atlético Mineiro, adversário já conhecido em decisões. Os clubes se enfrentaram quatro vezes, sempre em finais, com ampla vantagem brasileira: três vitórias e um empate.
Em 1997, na final da Copa Conmebol, o Galo venceu por 4 a 1 na Argentina e empatou no Mineirão, assegurando o bicampeonato. Em 2014, na Recopa Sul-Americana, voltou a superar o Lanús, com triunfo por 1 a 0 na ida e um eletrizante 4 a 3 na volta.
O reencontro acontece agora, em 2025, na final da Copa Sul-Americana, marcada para o dia 22 de novembro, no Defensores del Chaco, no Paraguai. Para o Atlético, é a chance do título inédito. Para o Lanús, a possibilidade de reviver a glória de 2013. A história, mais uma vez, promete um capítulo inesquecível.
Texto de Maria Heloisa Pinzetta e Willian Sanmartin

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