
Foto: Vitor Silva/Botafogo
O uso de gramados sintéticos no futebol brasileiro pode chegar a um patamar inédito em 2026. Isso porque o próximo Campeonato Brasileiro pode reunir até seis equipes atuando em estádios com piso artificial, número que dobraria o cenário atual.
Atualmente, Palmeiras (Allianz Parque), Botafogo (Nilton Santos) e Atlético-MG (Arena MRV) já utilizam o gramado sintético, e para a próxima temporada, Athletico Paranaense (Ligga Arena) e Chapecoense (Arena Condá) estão bem posicionados na briga pelo acesso à Série A, o que ampliaria a presença desse tipo de superfície na elite do futebol nacional.
O número pode se tornar recorde caso o Vasco, em função da reforma de São Januário, opte por mandar parte de seus jogos no Nilton Santos. Nesse cenário, o Brasileirão teria 30% de seus mandantes atuando em gramado sintético, consolidando uma mudança significativa no perfil dos estádios do país.
Gramados sintéticos em debate
O assunto gramados sintéticos vem sendo debatido com mais intensidade a partir de 2025, desde a manifestação conjunta de vários atletas em suas redes sociais no início deste ano, e posteriormente com os clubes se posicionando junto a CBF.
“Os gramados de plástico devem ser eliminados imediatamente de todos os torneios nacionais profissionais. A discrepância nos custos de manutenção entre gramados naturais e artificiais provoca desequilíbrios financeiros entre os clubes e prejudica a saúde física de jogadores e atletas” – Trecho retirado do pedido realizado pelo Flamengo a CBF pedindo o fim dos gramados sintéticos no Campeonato Brasileiro.
“Eu particularmente acho que deveria ser proibido, porque o risco de lesão é muito alto. Ano passado quando jogamos contra o Athletico-PR, depois da partida muitos jogadores reclamaram de dores, principalmente na panturrilha. Eu não sei se com a adaptação dá uma diferença. Eu conversei com o fisioterapeuta que trabalhou no Athletico, e ele falou que os jogadores sentem muita dor na lombar, e vai aparecendo dorzinhas no joelho. Eu particularmente não gosto, se tivesse uma votação eu seria contra, para mim todos teriam que ser naturais.” Alan Patrick – atleta do Internacional.

Foto: Maxi Franzoi/AGIF

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Gramados sintéticos causam lesões?
Segundo o fisiologista do CRB, Felipe Irala, trouxe sua visão para contribuir com este debate. De acordo suas experiências, ele conta que os jogadores adversários das equipes que mandam seus jogos em gramados sintéticos sentem um dolorimento após a partida, em virtude de não estarem adaptados ao piso sintético. Para Irala, não há uma incidência maior de lesões por causa do gramado sintético. Se olharmos os rankings de lesões, por exemplo, iremos perceber que clubes como Athletico Paranaense e Palmeiras estão entre os clubes que menos têm lesões, e ambos jogam bem mais que outras equipes neste tipo de piso.
Com a implementação do Fair-Play Financeiro, este tema com certeza ganhará mais ingredientes para o debate.
Texto de Willian Sanmartin
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