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Foto: Reprodução Capital News

Conforme a temporada 2025 se aproxima do fim, os clubes da Série B do Campeonato Brasileiro enfrentam um desafio que vai além das quatro linhas: montar o orçamento para 2026. O desafio é grande, porque quem disputa a segunda divisão precisa lidar com dois cenários, o da Série B e o da Série A. Isso faz com que muitas diretorias trabalhem com dois orçamentos paralelos, cada um projetando receitas, despesas e investimentos conforme o resultado esportivo.

O planejamento financeiro de um clube de futebol é um processo estratégico que define o tamanho da folha salarial, o poder de investimento no elenco, o orçamento para marketing, ações de relacionamento com torcedores, infraestrutura do estádio e categorias de base. Não se trata apenas de números em planilhas, mas de decisões que moldam o futuro do clube. Por isso, as equipes que almejam o acesso precisam equilibrar o entusiasmo esportivo com a prudência administrativa.

A gestão de risco é um ponto central nesse processo. Trabalhar com orçamentos paralelos significa prever o impacto de receitas variáveis, especialmente as cotas de televisão, que mudam drasticamente de uma divisão para outra. Um clube que sai da Série B para a Série A pode aumentar sua receita de mídia, dependendo dos acordos comerciais e da visibilidade nacional.

No entanto, comprometer o orçamento contando com receitas ainda incertas é um risco elevado. Essa prática já levou equipes a enfrentar desequilíbrios financeiros, especialmente aquelas que ascenderam à elite e, ao retornar à Série B, se viram com dívidas crescentes e elencos acima da sua capacidade de pagamento.

Além das cotas, há o impacto indireto do acesso: valorização de marca, patrocínios mais robustos, aumento na venda de produtos licenciados e maior engajamento da torcida. O fato de estar na elite já eleva o valor percebido do clube, tanto para investidores quanto para o mercado publicitário. No entanto, estimar esses ganhos exige cautela. É preciso basear projeções em dados e históricos reais, e não apenas no otimismo do momento. Por isso, os departamentos financeiros e de planejamento estratégico têm ganhado protagonismo no futebol, são eles que transformam o sonho esportivo em uma meta sustentável.

Os clubes que querem disputar o acesso precisam adotar uma gestão que combine ambição com realismo. O orçamento “Acesso” deve prever uma estrutura mais robusta: folha salarial maior, contratações que elevem o nível competitivo, reforço nas áreas de marketing e comunicação, expansão de receitas de bilheteria e maior investimento em estrutura. Já o orçamento “Segundona” precisa ter como foco a sustentabilidade: manter a base funcional, controlar despesas, evitar contratações que comprometam o caixa e garantir flexibilidade para reagir a imprevistos.

Mesmo permanecendo na Série B, o clube deve refletir sobre sua estratégia para o ano seguinte: continuará investindo para tentar o acesso ou optará por uma temporada de reestruturação? Essa decisão influencia todo o planejamento, desde a montagem do elenco até a definição de metas comerciais e de marketing. A clareza de propósito é o que diferencia clubes que apenas participam da Série B daqueles que, ano após ano, se mantêm competitivos na parte de cima da tabela.

O planejamento em dois cenários representa um sinal de amadurecimento na gestão esportiva. Ele mostra que os clubes brasileiros estão aprendendo a tratar o futebol como negócio, sem perder de vista o componente esportivo que move o torcedor. Planejar o futuro levando em conta tanto o sucesso quanto a frustração é um sinal de evolução de gestão, algo cada vez mais necessário em um ambiente competitivo como o do futebol.

Na reta final da Série B de 2025, faltando poucas rodadas para o encerramento, ainda nenhum clube tem o acesso 100% garantido. Essa indefinição torna o planejamento financeiro, seja para a Série A ou para a Série B, uma estratégia essencial. As diretorias que conseguirem equilibrar prudência e ambição, prevendo dois caminhos possíveis e mantendo o controle financeiro, estarão mais preparadas para o que vier em 2026. Seja para lutar pela permanência na elite, seja para buscar novamente o acesso, o planejamento continuará sendo o alicerce de qualquer sonho possível.

Texto de Bianca Ferraz

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