Créditos: Divulgação Grêmio/Divulgação Atlético Mineiro
Atlético Mineiro e Grêmio interrompem “hegemonia” do eixo Rio/São Paulo e medem forças na final do Campeonato Brasileiro juvenil desta temporada de 2025.
O jogo de ida será na segunda-feira dia 13 de outubro, às 20h, na Arena do Grêmio. O segundo e decisivo confronto será no sábado dia 18, às 11h, na Arena MRV. O Sportv transmite as duas partidas.
Quem vencer, levanta a taça pela primeira vez. No entanto, o caráter histórico desta final vai muito além disso. Veja outros quatro fatos que colocam um tempero a mais neste duelo, que quebra algumas escritas da história recente do futebol brasileiro de base.
1 – Primeira vez desde 2020 que a nem Flamengo e nem Palmeiras estão na final
Flamengo e Palmeiras são bicampeões desta competição e disputam o título seguidamente desde 2021. Nas últimas quatro edições, pelo menos um dos dois esteve envolvido no jogo que decidia o campeão. O Rubro-Negro foi campeão em 2019 e 2021. Já o Alviverde teve uma sequência de três finais seguidas interrompida: saiu com a taça em 2022 e 2023 e foi medalha de prata em 2024.
O time carioca foi eliminado justamente pelo Atlético Mineiro, nas quartas de final. O mesmo aconteceu em relação à equipe paulista, que perdeu do Grêmio na fase seguinte.
Elenco do Galo comemora vaga na semifinal do Brasileiro sub-17
2 – Segunda vez que nenhum clube do eixo Rio/São Paulo está na final
A única vez que a final não teve representantes nem do Rio de Janeiro e nem de São Paulo foi em 2012. Quando o torneio era organizado pela Federação Gaúcha de Futebol, a dupla Gre-Nal foi finalista. O lado vermelho de Porto Alegre saiu campeão.
3 – Primeira vez que um time de Minas Gerais chega na final
O Atlético Mineiro vai disputar sua primeira final e será o primeiro time de Minas Gerais a fazer isso, já que Cruzeiro e América-MG nunca chegaram entre os dois melhores.
4 – Teremos um campeão inédito
Se o Galo nunca foi finalista, o Grêmio já bateu na trave duas vezes. A primeira em 2012, como mencionado anteriormente. Enquanto a segunda foi em há três anos. Na ocasião, o Tricolor Gaúcho perdeu para o Palmeiras de Rafael Paiva por 2×1, na Arena. Aquele elenco palmeirense era formado por algumas estrelas da base: Estêvão, Vitor Reis e Luís Guilherme.
Fábio Menotti/Palmeiras -Luís Guilherme, hoje no West Ham, comemora gol do título na edição 2022
5 – Duelo de gerações que jogam juntas desde as categorias menores
Do lado gremista, o coração desta equipe joga no clube e faz sucesso há algum tempo. O goleiro Gabriel Menegon, o lateral-direito Vitor Ramon, o zagueiro Luís Eduardo, o meio-campista Thiaguinho, os atacantes Roger e Gabriel Mec jogam juntos pelo menos desde o sub-13 em 2021.
Reprodução/Instagram – Geração 2008 comemora título da Copa Umbro sub-14 2022
Do lado atleticano, a espinha dorsal deste elenco já joga junta desde o sub-15. Na época, a geração 2008 foi campeã da Copa 2 de Julho. O lateral-esquerdo Pascini, o lateral-direito Samuel, os meio-campistas Vinícius, Índio e Gutte já se conhecem desde o infantil e podem agora colocar no currículo um título nacional na base.
Esses fatos também carimbam a competência da captação e dos profissionais da iniciação dos dois finalistas. Quanto mais cedo os atletas chegam no clube, melhor eles podem se desenvolver e criar um entrosamento juntos. O mercado é competitivo e cada vez mais inflacionado. Isso aumenta a importância de ter um departamento de captação qualificado para competir com os clubes mais ricos do país, por exemplo Flamengo e Palmeiras.
Confira a lista de todas as finais do Campeonato Brasileiro sub-17 na história:
2012: Internacional campeão, Grêmio vice
2019: Flamengo campeão, Corinthians vice
2020: Fluminense campeão, Athletico vice
2021: Flamengo campeão, Vasco vice
2022: Palmeiras campeão, Grêmio vice
2023: Palmeiras campeão, São Paulo vice
2024: Fluminense campeão, Palmeiras vice
Texto de José Gustavo Félix
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