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Entenda como uma gestão eficiente das categorias de base pode ser a resposta para os desafios financeiros do futebol, transformando jovens talentos em ativos valiosos e garantindo estabilidade econômica no longo prazo

Foto: Rubens Chiri / São Paulo FC

Enquanto os grandes clubes de futebol mundial gastam milhões em contratações de jogadores prontos para o time principal, há uma revolução silenciosa acontecendo nas categorias de base. A formação de jovens talentos não só é vital para a saúde esportiva das equipes, como também se tornou um dos pilares financeiros mais importantes dentro da gestão dos clubes.

Em um cenário onde as finanças dos times brasileiros ainda enfrentam desafios constantes, investir na base pode ser mais do que uma estratégia esportiva: pode ser a chave para uma gestão financeira inteligente e sustentável.

O que são as categorias de base e qual sua importância para os clubes?

As categorias de base são as divisões de formação de jovens jogadores, com o objetivo de prepará-los para o time principal ou para uma eventual venda para outros clubes. No Brasil, o sistema de base é formado por divisões que vão desde as equipes sub-10 até o sub-20, com campeonatos e torneios específicos para cada faixa etária.

A importância das categorias de base vai muito além da formação técnica e tática dos jogadores: elas representam uma fonte estratégica de receitas, uma oportunidade para a construção de um legado institucional e, claro, uma forma de criar ativos de longo prazo.

Como as categorias de base podem ser lucrativas?

  1. Venda de jogadores para grandes clubes:
    A venda de atletas formados nas categorias de base para outros clubes é uma das principais fontes de receita. Jogadores como Neymar, Vinícius Júnior e Rodrygo são exemplos de jovens que foram revelados em clubes brasileiros e, ao serem vendidos para gigantes europeus, trouxeram milhões de reais de lucro. Mas, além dos jogadores de maior destaque, o processo de formação contínua pode gerar mais vendas ao longo do tempo, criando um fluxo constante de entradas financeiras.
  2. Captação de patrocínios e parcerias:
    Empresas e marcas estão cada vez mais de olho no potencial de novos talentos e na visibilidade que uma boa equipe de base pode oferecer. Clubes com boas infraestruturas de base conseguem atrair patrocinadores para apoiar o desenvolvimento dos jovens jogadores, além de se beneficiar de uma imagem positiva de “formador de talentos“.
  3. Fomento a parcerias e contratos de direitos de imagem:
    Alguns clubes têm trabalhado a imagem de seus jogadores de base com uma estratégia comercial. Ao negociar contratos de direitos de imagem para jogadores da base, esses atletas podem gerar receitas desde muito cedo, e os clubes podem até receber uma parte do valor da transferência de uma forma antecipada.

O Papel da gestão profissional nas categorias de base

Assim como no time principal, a gestão das categorias de base precisa ser profissional. Isso significa ter um departamento estruturado, com profissionais especializados em scouting, treinamento, gestão de contratos e monitoramento de desempenho. Também é necessário investir em infraestrutura: campos de treinamento de alta qualidade, tecnologias de monitoramento de desempenho, e instalações adequadas para acomodar os jovens atletas.

Outro ponto essencial é a gestão da transição entre a base e o time principal. Jogadores bem formados precisam ser integrados de forma gradual e estratégica ao elenco profissional, com planos de acompanhamento e desenvolvimento contínuo.

Riscos e desafios da gestão de base

Apesar do potencial de lucro, há desafios e riscos significativos nesse processo. Primeiramente, a duração do retorno financeiro pode ser mais demorada. Formar um jogador leva tempo, e a valorização do talento só ocorre após anos de desenvolvimento. Além disso, há o risco de perda de talentos para clubes mais ricos, especialmente quando a formação no Brasil não é bem estruturada, ou quando o clube não oferece garantias de uma boa oportunidade para o jogador se destacar.

Outro desafio é a falta de transparência nas transferências de jogadores da base, que podem gerar questionamentos sobre a ética e a gestão financeira do clube. É essencial que os clubes adotem práticas de compliance e boas práticas de mercado para garantir que as transferências sejam feitas de forma clara e justa.


A gestão estratégica das categorias de base não é apenas uma parte da estratégia esportiva de um clube, mas uma forma inteligente de garantir sustentabilidade financeira no longo prazo. Embora a formação de novos talentos envolva paciência e recursos, ela oferece ao clube a possibilidade de não depender exclusivamente de grandes contratações ou dívidas para manter seu nível competitivo.

Investir na base é investir no futuro — tanto dentro quanto fora de campo. Para clubes que souberem equilibrar o desenvolvimento de seus jovens atletas com uma gestão profissional e transparente, o caminho para a saúde financeira e o sucesso esportivo será, com certeza, mais promissor.

Texto de Maria Alice

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