Que as pessoas são diferentes já sabemos, e que elas reagem a sua própria maneira às situações vividas também. No ambiente de trabalho não é diferente. As pessoas maturam em tempos distintos, e se desenvolvem com o passar do tempo. A experiência de vida e profissional traz alguns atalhos certamente, mas cada emprego, cargo ou mudança exigem desempenhos e performances que o líder, no seu papel, deve conduzir para extrair o melhor do colaborador.
Pensando no nível de desenvolvimento do de seus liderados, há de se questionar: “O que o líder precisa fazer? E o que deve ser feito pela equipe nesse momento, para contemplar o seu grau de agilidade/habilidade dentro do cenário da empresa?”.
Para desenvolver o colaborador, é fundamental reconhecer qual o nível de maturidade dele na posição ou cargo que ocupa. Existem 4 estágios de maturidade que o líder deve conhecer para performar a equipe. Esses estágios determinam como a liderança deve se portar diante de cada um, gerando alinhamento de expectativas e confiança no tipo de entrega que deve ser feita. A seguir estão destacadas cada uma dessas fases, complementadas com conceitos destacados por José Roberto Marques, especialista em treinamentos comportamentais.
- Estágio Bebê – O líder deve dirigir o colaborador. Grande nível de compromisso e nível baixo de competência. O líder apresenta direcionamentos específicos e monitora a desenvoltura com proximidade.
- Estágio Criança – O líder deve treinar. Nível reduzido de compromisso e que, teoricamente, pode ser considerado com baixo nível de competência. O líder proporciona direcionamentos e os explica, solicitando ideias do funcionário.
- Estágio Adolescente – O líder deve apoiar o colaborador. Nível que necessita de apoio, mas sem direção completa. O nível de compromisso sofre variações e o de competência vai de moderado a alto. A direção nesse nível é menos objetiva, contudo o empenho do funcionário é aprovado e este recebe o convite para compartilhar o processo de tomada de decisões.
- Estágio Adulto – Aqui o líder pode delegar com segurança. É o nível onde a pessoa “faz” por si mesma. É onde existe um elevado nível de compromisso aliado a um elevado nível de habilidade. O compromisso é dado ao funcionário para que ele resolva problemas e seja assertivo na tomada de decisões. A necessidade de apoio, nesse nível, é reduzida.
Segundo o site administradores.com, o mapeamento do nível de maturidade da equipe é um instrumento que permite desenvolver uma das maiores habilidades de liderança: a de adaptar o estilo de gestão à necessidade de cada colaborador. Assim como no futebol, o bom técnico sabe que cada jogador tem uma maturação técnica e tática dentro de campo e que a cobrança de quem vem da base é diferente da cobrança de quem já tem experiência em grandes clubes, o gestor de equipe tem que saber avaliar que tipo de cobrança fará às pessoas do seu time. Uma cobrança de forma equivocada ou indevida pode trazer prejuízos tanto ao emocional do colaborador, como aos resultados do time.
O líder precisa estar sempre atento ao desenvolvimento de sua equipe e estar mais próximo dos colaboradores que estão nos estágios bebê e criança e dar mais liberdade aos dos estágios adolescente e adulto.
Este exercício de conhecer as pessoas com quem se trabalha e seu estágio de maturidade faz o líder visualizar aqueles profissionais mais independentes e os que precisam de mais atenção, direção, treino, apoio e delegação.
O ponto comum de todos, independente da fase em que esteja, é sempre ter no gestor um referencial. Por isso, é fundamental que a liderança sempre busque melhorar suas competências e habilidades técnicas, emocionais e comportamentais.
Baixe a ferramenta para identificar em que estágios seus colaboradores estão, e como elaborar estratégias para alinhamentos mais assertivos.
Texto de Gisele Kumpel.
